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Por que Clubhouse é a mais nova febre da internet?

Conheça as 4 principais características dessa rede social, que trabalha com maestria o “FOMO”, o medo de ficar de fora
Por  Thiago Godoy
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Imagine que você tem um aplicativo no seu telefone que permite que você ouça conversas ao vivo de outras pessoas? E mais, essas conversas podem ser até de gente que você admira muito, como grandes empresários, cientistas importantes ou célebres artistas? Ah, e tem mais. Você pode ter a oportunidade de entrar na conversa.

Imaginou? Pois essa rede social existe e se chama Clubhouse, a mais nova sensação da internet. Desde dezembro nos EUA e com maior força no Brasil nas últimas semanas, o app já é um sucesso.

Nos EUA, celebridades do porte de Oprah Winfrey e Chris Rock estão se esbaldando no aplicativo. No Brasil, grandes influencers, empresários e celebridades já estão aderindo.

O Clubhouse é uma plataforma onde os usuários podem participar de diferentes salas de bate-papo sobre uma ampla variedade de tópicos. As conversas são apenas em áudio e, quando terminam, desaparecem para sempre.

Nessa rede, os usuários podem entrar em diferentes salas para ouvir ou participar de uma conversa. Eles podem ver quem mais está lá e podem visualizar os perfis dos participantes. A pessoa que fez a sala é quem concede a oportunidade de falar aos participantes.

Então, quais são as “grandes sacadas” do Clubhouse? Neste texto enumero as 4 principais características que podem fazer dessa rede social um sucesso:

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1. Trocar ideias com seus ídolos

Uma das razões pela qual o Clubhouse ganhou notoriedade rapidamente é o fato de ele permitir que você interaja com todas as pessoas da sala de bate-papo.

Isso significa que você pode “trocar uma ideia” com uma celebridade ou pessoa que seja referência em sua área de atuação. E muitas celebridades e grandes nomes já aderiram à rede e estão participando de salas.

Imagine estar em um bate-papo sobre estratégia em negócios ouvindo empresários do porte de Guilherme Benchimol, João Kepler e Flávio Augusto? Você pode, pela sala ClubLive#03 – Visão & Estratégia.

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2. Parece uma festa exclusiva

Acredita-se que parte do apelo irresistível do Clubhouse seja a rede social imitar a espontaneidade das festas e grandes interações sociais que ficaram difíceis de acontecer durante a pandemia.

Assim como em um evento social real, os usuários podem começar na sala principal com muitas outras pessoas e, em seguida, dividir-se em grupos menores para conversas paralelas. Não há a necessidade de falar.

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3. Facilidade para interagir (ou não interagir)

Uma coisa importante que diferencia o Clubhouse de redes sociais como Twitter, Instagram e Facebook é que, depois de entrar em uma sala, você não precisa ficar olhando para a tela para participar.

Teoricamente, você pode continuar envolvido com o que está acontecendo na sua frente e ainda interagir em uma sala de discussão no app.

4. É tudo efêmero

Talvez a maior sacada do Clubhouse é essa. Ao contrário da maioria das redes sociais, nas quais você pode ficar por dentro do que aconteceu após elas terem acontecido, no Clubhouse você precisa estar lá o tempo todo, se não quiser “perder nada”. Nenhuma das conversas é gravada e nenhuma transcrição é disponibilizada.

Pois então, se absolutamente nada é salvo no aplicativo, você tem que estar lá – ou corre o risco de perder a conversa. Isto é, o Clubhouse trabalha com maestria o “FOMO” – Fear of Missing Out (medo de ficar de fora).

O “FOMO” é uma espécie de ansiedade social decorrente da crença de que as outras pessoas podem estar fazendo coisas mais interessantes do que você. Segundo especialistas, é o desejo de permanecer continuamente conectado com o que os outros estão fazendo.

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Na prática, o FOMO faz com que você se preocupe demais em perder uma oportunidade de interação social, uma nova experiência ou uma nova oportunidade de negócio, por exemplo.

O Clubhouse cria muitas oportunidades para o FOMO, desde o início. A rede social só pode ser acessada por meio de um convite, o que cria uma “escassez” e vontade de estar incluído no “clube”. O fato de as conversas não serem gravadas incentiva as pessoas a passarem mais tempo no Clubhouse e faz com que esse tempo gasto pareça mais com uma conversa cara a cara, offline.

É difícil saber o futuro do Clubhouse. Alguns especulam que, dependendo de como a rede se abrir a outras plataformas (por enquanto só funciona em iOS) e mais pessoas entrarem, ela poderá ter seu apelo diminuído.

De fato, a exclusividade é a força motriz do interesse no aplicativo, e as salas de conversa pequenas e com celebridades e especialistas são certamente um diferencial.

Com ou sem “medo de ficar de fora”, a tendência de redes sociais em tempo real se confirma e abre novas fronteiras e reflexões. Qual é o futuro dos eventos online?

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Imagine um debate político entre os candidatos à presidência dentro do Clubhouse? Um debate de quatro horas de duração, com a participação de milhares, ou, até mesmo, milhões de eleitores?

Thiago Godoy É head de educação financeira da XP Inc. e especialista em psicologia do dinheiro e bem-estar financeiro. É mestre pela FGV – Tese em Educação Financeira, especialização em Sustentabilidade (University of British Columbia), tem MBA em Marketing (FGV) e graduação em administração (UFJF). Foi diretor de mobilização de recursos e relações governamentais da Associação de Educação Financeira do Brasil, atuando especialmente com populações de baixa renda e escolas públicas. Também atuou com desenvolvimento institucional na Dialogue Direct e Children International (EUA), Fundação Vida Plena (Bolívia), Projuventude e Comitê para Democratização de Informática (Brasil). Instagram: @papaifinanceiro

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