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O subconsciente e o Dinheiro “Arigato”

Para o "Warren Buffett japonês", gratidão é a coisa mais importante que alguém pode praticar na vida - e com dinheiro não é diferente
Por  Thiago Godoy -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

O quanto você acredita que seu subconsciente tem influência sobre o seu consciente? Você acha possível “treinar” o subconsciente para conquistar o que você deseja?

O escritor Napoleon Hill dedicou sua vida a entender o que as pessoas ricas faziam para ficarem ricas e foi um dos precursores de expressões como “mentalidade da riqueza’.

Ele entrevistou as personalidades mais bem-sucedidas e prósperas da sua época em busca dos “elementos comuns” da mentalidade, dos hábitos e da forma de enxergar a vida que essas pessoas de sucesso tinham.

Em livros como “Pense e enriqueça” e “A Lei do Triunfo”, Hill fala da importância que o subconsciente desempenha nos nossos resultados.

Ele entende o cérebro como uma “Estação Emissora e Receptora do Pensamento”, e que as emoções positivas e negativas não podem ocupar a mente ao mesmo tempo.

Nosso papel seria, portanto, garantir que as emoções positivas constituam a influência predominante na nossa mente.

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Segundo Hill, quando conseguimos criar o hábito de cultivar emoções positivas na nossa mente consciente, abrimos espaço para que nosso subconsciente possa atuar de melhor maneira possível.

Outro escritor, Dr. Joseph Murphy, discorre em “O Poder do Subconsciente” sobre o poder ilimitado do subconsciente.

Segundo Murphy, o subconsciente tem um poder milagroso e é capaz de liberar forças existentes em você, ainda então desconhecidas, para conquistar o que se deseja.

Tanto Hill quanto Murphy acreditavam que a riqueza, em última análise, nada mais é do que uma convicção que está no subconsciente do indivíduo. Impregnar a mente com a ideia de riqueza e prosperidade criaria uma espécie de “consciência da riqueza”.

De fato, parece que a “autossugestão” realmente funciona. O notável psicólogo francês Émile Coué introduziu a autossugestão como prática psicoterapêutica no início do século XX, conseguindo resultados aparentemente extraordinários.

Segundo Coué: “A autossugestão é um instrumento que nasce conosco, e este instrumento, ou melhor, esta força é dotada de um poder inaudito, incalculável, que, conforme as circunstâncias, produz os melhores ou os piores efeitos. O conhecimento desta força é útil a cada um de nós e, particularmente, é indispensável aos médicos, aos psicólogos, aos magistrados, aos advogados e aos educadores da juventude.”

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Tenho me interessado cada vez mais sobre o assunto. Afinal, como realmente funciona a autossugestão? Que tipos de técnicas podem ser aplicadas, com resultados concretos?

Existe muita coisa disponível na internet sobre o assunto. Desde estudos acadêmicos até entrevistas com psicólogos, celebridades, empresários etc.

A última técnica de autossugestão que tive contato é conhecida como “Arigato Money” (do japonês “arigato” – obrigado, e do inglês “money” – dinheiro).

O “Arigato Money” ficou conhecido a partir de uma entrevista emblemática de Ken Honda, um dos mais aclamados escritores do Japão, com Wahei Takeda, o bilionário conhecido como “Warren Buffett japonês”.

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Na conversa, Wahei disse a Honda que a gratidão é a coisa mais importante que alguém pode praticar na vida, e com dinheiro não é diferente.

Wahei sempre agradece a cada soma financeira que entra, e a cada que sai também. Quando fechava algum negócio, dizia “Arigato” ao dinheiro que chegava. Quando usava algum dinheiro para pagar contas e fornecedores, também.

Segundo Wahei, “ser grato 1.000 vezes por dia” foi seu caminho para a prosperidade.

Não me entenda mal, você não vai ficar milionário simplesmente se começar a dizer obrigado a cada vez que seu salário cai na conta e a cada vez que comprar pão na padaria.

Da mesma forma que você não vai ficar milionário se você juntar 300 reais por mês durante 20 anos.

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Com uma rentabilidade conservadora, você mal chega aos R$ 100 mil com esses aportes. Não é a rentabilidade dos seus rendimentos e nem a gratidão pelo seu dinheiro que vão resolver a sua vida.

Para alcançar a independência financeira você precisará fazer aportes constantes e cada vez maiores e, para isso, você precisa ganhar mais e gastar muito menos do que você ganha.

Mas, o que a autossugestão pode fazer?

Ela pode justamente te ajudar a desbloquear as travas e crenças equivocadas que você tem sobre ganhar melhor, por exemplo.

Ela pode dar clareza para as reais necessidades de consumo que você tem. Pode trazer a força necessária para adquirir consistência nos planos que você traçou.

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Portanto, treine seu subconsciente, treine a gratidão pelo que tem e busque melhorar a cada dia. E a cada dinheiro que você receber pelo seu trabalho, pelo seu esforço, repita para você mesmo: “arigato”.

Thiago Godoy É head de educação financeira da XP Inc. e especialista em psicologia do dinheiro e bem-estar financeiro. É mestre pela FGV – Tese em Educação Financeira, especialização em Sustentabilidade (University of British Columbia), tem MBA em Marketing (FGV) e graduação em administração (UFJF). Foi diretor de mobilização de recursos e relações governamentais da Associação de Educação Financeira do Brasil, atuando especialmente com populações de baixa renda e escolas públicas. Também atuou com desenvolvimento institucional na Dialogue Direct e Children International (EUA), Fundação Vida Plena (Bolívia), Projuventude e Comitê para Democratização de Informática (Brasil). Instagram: @papaifinanceiro

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