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As pessoas acharam que o abalo sísmico nos mercados financeiros globais de 2008/09 não impactariam tanto. Que não seria capaz de acordar as criaturas da noite mais perigosas – os ultranacionalistas.
Pois é, a votação do ?#BrexitOrNot? chegou e o Reino Unido optou pela fuga. E o pior, já emanam ideias separatistas em demais membros da União Europeia.
No curto prazo, as consequências são a elevação da incerteza e risco global. No longo-prazo – além da possibilidade de estarmos mortos – haverá impactos e uma reorganização do comercio da região.
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O Brasil não passará imune desta hecatombe. A disseminação do risco global atingirá países de moeda fraca, com as estruturas fiscais abaladas. Devemos acompanhar qual será a transmissão deste choque na confiança global – o que deve levar a uma desaceleração e a espera pela baixa da neblina, para que possamos enxergar o futuro da Europa.
Nos meios jurídicos, quando não há certeza da culpa do acusado, costuma-se dizer que há o benefício da dúvida. Na caso do Brexit, temos o contrário: como ninguém sabe ao certo qual é o próximo capítulo dessa novela, pode-se dizer que temos o ‘malefício’ da dúvida.
Arthur Lula Mota | Editor do Terraço Econômico