Cotidiano e atrocidades

Os problemas do cotidiano são ridículos quando comparados ao que ocorrem com pessoas submetidas a atrocidades. Por mais distante que seja a conexão com o mundo empresarial, anular pessoas destrutivas é uma ação consciente que deve ser realizada por todos e a todo instante, mesmo nas companhias. Afinal, pessoas que fazem o mal não descansam, quem faz o bem deve fazer o mesmo.
Por  Silvio Celestino
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Os problemas do cotidiano tornam-se ridículos quando vemos o que passam pessoas submetidas a atrocidades. Como as que ocorreram às famílias em Boston que perderam seus filhos e tiveram outros mutilados. Na verdade, não importa se isso ocorre nos Estados Unidos, na Síria, ou na Chechênia. Quaisquer que fossem os problemas de carreira ou de liderança que essas pessoas tinham, foram ceifados por uma brutalidade tremenda.

O que podemos fazer se não fomentar pensamentos e exemplos que possam servir de guia para jovens. Eles são muito vulneráveis a explicações simplistas de problemas agudos em suas vidas e nas nações em que vivem. E não pensam que, o fato de compreenderem uma explicação a respeito de um tema, não significa que ela seja correta.

As pessoas que fazem mal ao mundo não descansam. Quem deseja fazer o bem, deve fazer o mesmo. Para isso precisamos de exemplos e ser exemplares para as gerações futuras. Apesar de todas as dificuldades da vida empresarial, penso que é o local onde temos melhores condições de desenvolver pessoas por meio de propósitos elevados que incluem a convivência, a implementação de ideias, a capacidade de estabelecer e cumprir compromissos. 

Não sei como alguém imagina que resolverá algum problema explodindo bombas. Mas, é verdade que sempre será mais fácil destruir do que construir. Por distante que seja essa conexão, nas empresas, vivemos o mesmo dilema. Enquanto alguns se esforçam para construir e implementar planos para se chegar a um objetivo, outros estão mais empenhados em criticar, criar dificuldades e lograr todo tipo de benefício somente para si. Mesmo assim, a vida empresarial tem muito valor.

Se há empresas que lucram com as guerras e a violência, também é verdadeiro que a maioria se beneficia da paz e das condições de segurança para entregar seus produtos e serviços.

O motivo pelo qual me interesso pela liderança executiva é que essa é a que mais constrói no mundo. Respeito os líderes políticos, militares e religiosos, mas o computador que você está usando para ler esse artigo, a cadeira na qual está sentado, ou mesmo o local onde você se encontra, somente existem porque um líder executivo deu duro para construí-lo e fazê-los chegar a você. Alguns não reconhecem essas lideranças como benéficas. De fato, somente um tolo acreditaria que todas as lideranças empresariais são de boa índole. Mas, o fato é que, para se construir produtos, serviços e ideias, implementá-los e fazê-los perdurar, é preciso muita inteligência, perseverança e integridade. E essas características são encontradas com maior frequência em pessoas de boa índole. Afinal são essas grandes qualidades que observamos em seres humanos que um dia fizeram algo de valor. E são esses exemplos que devemos compreender e perpetuar, não apenas no Brasil, mas no mundo.

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Silvio Celestino É coach de gerentes, diretores e CEOs desde 2002. Também atende a executivos que desejam assumir esses cargos. Possui certificação e experiência internacional em coaching. Foi executivo sênior de empresas nacionais e multinacionais na área de Tecnologia da Informação. Empreendedor desde 1994.

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