Recuar ou atacar? Jogador Lucas Leiva fala sobre realidade da Itália e investimentos na crise

O jogador que está morando em Roma, um dos locais mais atingidos pelo coronavírus, conta como está a rotina de quarentena e como estão os seus investimentos

Stéfani Inouye

Comércios fechados, poucas pessoas nas ruas e apenas serviços essenciais funcionando regularmente. O cenário de quarentena que começou há 16 dias em Roma com o avanço do coronavírus chegou também a várias cidades brasileiras e tem causado apreensão a muitos investidores.

Para o jogador de futebol Lucas Leiva, que atua como volante na Lazio e vive no epicentro da crise na Europa, a realidade não é diferente.

“Não tem sido fácil, é um trabalho mental muito forte.  As bolsas despencaram no mundo todo, perdemos até as contas de quantos circuit breakers tivemos. Tem que manter a calma, saber o que você está fazendo. A dúvida de ‘será que já chegou ao fundo do poço?’ permanece, mas é preciso saber o seu objetivo e saber que está nessa visando o longo prazo”, afirma.

Leiva foi o convidado do quadro Coffee & Stocks desta sexta-feira (27) e contou ao analista Thiago Salomão sobre como deu seus primeiros passos no mundo dos investimentos e como tem mantido sua carteira durante essa crise.

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“Eu sempre soube que a carreira de jogador de futebol é curta, então sempre me preocupei. Meu interesse começou há dois anos e eu sempre busquei pessoas para fazer a gestão do meu patrimônio. Com o tempo, eu percebi que, para fazer as perguntas corretas para o meu assessor, eu tinha que entender sobre investimentos, então comecei a estudar”, contou.

Leiva conta que sua carteira é composta na maior parte por fundos de investimentos, principalmente os brasileiros, e ações. “Tenho os fundos Moat Capital e Dahlia Total Return. Aqui fora tenho ações da Berkshire Hathaway e da Coca-Cola. Das brasileiras, tenho ações da Vale e, das italianas, tenho da Ferrari e da Technogym, que é uma empresa de equipamentos de academia”, afirmou.

Lendo e aprendendo

Ao longo da conversa, Leiva ainda disse que está constantemente estudando sobre o mercado financeiro para se manter atualizado e entender melhor sobre as estratégias de investimento. Segundo ele, algumas decisões que tomou para construir sua carteira foram baseadas no livro “Fazendo fortuna com ações, antes que seja tarde”, do Decio Bazin.

“Coloquei a Coca-Cola, por exemplo, por ela ser uma empresa pagadora de dividendos, o que vai muito em linha com o que o Decio fala no livro dele. Atualmente, estou lendo também o livro ‘A lógica do cisne negro’, do Nassim Taleb, que acho bem importante para um momento como esse de crise”.

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Stéfani Inouye

Analista de conteúdo do InfoMoney, aborda temas ligados à educação financeira e mercado de ações.