MILS3: A ação que está a “Mills por hora” na bolsa

O Stock Pills da última semana analisou as ações da Mills (MILS3), que sobem mais de 100% em 2019 e podem ir ainda mais longe

Matheus Soares

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O maior aprendizado que tive em 2019 convivendo com gestores de grandes fortunas é que minha profissão de analista não abre espaço para preconceitos. Criar um filtro de seleção de empresas é essencial para evitar perda desnecessária de tempo, mas descartar uma recomendação que faça sentido somente pelo fato de no passado a mesma ação ter gerado dor de cabeça, é a pior escolha possível.

Um exemplo disso aconteceu com Mills (MILS3), uma das recomendações do nosso relatório de $mall Cap$. A ação mais do que dobrou em 2019 e disparou quase 40% só em dezembro.

Preparei um Stock Pills (áudio que é divulgado em nossas redes sociais contendo a análise de uma tese de investimento) e expliquei por que ela está entre as small caps que mais gostamos para surfar a recuperação do Brasil.

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A Mills fez o seu IPO em 2010 e na época era uma empresa conhecida por vender projetos de engenharia e alugar equipamentos para grandes obras.

De 2010 até 2013 ela era a queridinha do mercado, e não era para menos: tivemos Copa do Mundo, Olimpíadas no Rio de Janeiro, sem contar os incentivos à importação do período.

Diante desse boom de construção, a Mills era a empresa que representava todo o potencial do país.

O problema é que de 2013 pra cá, os principais parceiros da Mills (Odebrecht, OAS, que eram empreiteiras relevantes do setor) se envolveram na Lava Jato, maior esquema de corrupção do país e que praticamente varreu as empreiteiras do mapa.

No melhor ano da companhia, que foi 2013, a Mills chegou a faturar mais de R$ 1 bilhão; em 2017, o faturamento bateu sua mínima em R$ 291 milhões. Outro indicador de rentabilidade, o Ebitda, saiu de R$ 438 milhões para R$ 4,9 milhões negativo no mesmo período. Ela beirou a recuperação judicial e o mercado de fato acreditou que ela não seria capaz de pagar a sua dívida líquida de R$ 600 milhões.

Todo esse cenário se refletiu no preço da ação. E por isso eu entendo o preconceito que muitos gestores tinham dela: a ação da Mills saiu a R$ 11,00 no IPO feito em 2010, foi para R$ 35,00 em 2013 e chegou a ficar abaixo de R$ 2,00 em 2018. Muitos deles jamais esqueceram isso, e faz sentido.

Conversar com todos eles foi um aprendizado gigantesco, ninguém conhecia mais os erros da empresa no passado do que eles. Mas felizmente para nós, o passado fez com que muitos não quisessem nem olhar a empresa de perto.

E foi então que eu descobri que a Mills não só havia se salvado e aprendido com os erros, como também se transformado em uma nova empresa. Se você quer saber porque gostamos tanto da Mills e por que achamos que ela pode ir ainda mais longe, escute este Stock Pills.

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Apresentado por Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos, o Stock Pickers vai ao ar toda quinta-feira às 17h. Você pode seguir e escutar pelo Spotify, Spreaker, Deezer, iTunes e Google Podcasts.

Matheus Soares

Matheus Soares é analista da Rico Investimentos e um dos responsáveis pela Carteira Rico Dividendos 8+