Comprar ou vender Inter e IRB? E ir pro Twitter ou “ficar na caverna”?

Gestores do Rio de Janeiro explicam suas estratégias para operações Long & Short

Matheus Soares

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No 2º episódio da série Stock in Rio, falamos com os gestores Bruno Garcia (Truxt Investimentos) e Pedro Menezes (Occam Brasil), dois profissionais com muita experiência com o trade relativo, — o ganho de uma posição contra outra, o famoso Long & Short.

Além disso, o tema Twitter foi abordado: diante de tantos gestores “tweeteiros” que temos hoje no mercado, Bruno da Truxt explicou por que prefere “ficar na caverna” e não se expor nas redes sociais.

Bruno Garcia, que está no mercado há mais de 20 anos, segue a mesma estratégia e a mesma filosofia desde que o fundo Long&Short estava na ARX, em 2004. Contudo, Garcia revela que prefere tocar a estratégia de “Long Biased”, pois lhe dá mais flexibilidade de ficar comprado ou vendido, sem necessariamente ter que ‘anular’ esses pares.

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Já o Pedro, que está há 15 anos no mercado e está junto com o “Duda” Rocha desde os tempos de Brasil Plural, prefere fazer o “Long&Short”, embora reconheça: “No Brasil é muito mais difícil fazer short”.

Um aprendizado legal sobre operar vendido no Brasil: estar certo no momento errado significa estar errado (explicando: não adianta você ter uma tese clara para ficar vendido em uma ação se, antes de ela cair, ela explodir de valorização). Isso acontece muito e é preciso humildade para fazer short, diz Garcia.

Ele exemplifica essa humildade ao falar do caso do Banco Inter: “nossa primeira visão de Banco Inter é que ele parecia estar caro, mas ao fazer uma análise sobre como funcionam os bancos digitais na Califórnia, na Alemanha, nós percebemos que o potencial de valorização está muito mais em crescer a plataforma na base de clientes do que crescer o lucro no curto prazo”.

Garcia, que chegou a ter mais de 5% das ações do Banco Inter, hoje tem ações do BTG Pactual. Já Menezes, da Occam, corrobora com essa visão e diz que hoje tem Banco Inter e BTG.

Outras empresas comentadas: B3, IRB, Mercado Livre, Stone. Sobre IRB, aliás, os dois gestores discordaram: Menezes tem posição comprada na Occam, enquanto Garcia considera IRB cara e difícil de entender.

Este é o 2º dos 6 episódios é do especial Stock In Rio: o tour pelo Leblon do Stock Pickers. Entre os dias 3 e 4 de outubro, entrevistamos gestores de 10 assets cariocas: Flávio Kac (Polo Capital), Breno Guerbatin (Studio), Bruno Garcia (Truxt), Pedro Menezes (Occam Brasil), Felipe Campos (Navi), Pedro Chermont (Leblon Equities), Rodrigo Galindo (Novus), Bruno Barreto (IP Capital), Paulo Abreu e Leonardo Rufino (ambos da Pacífico) e Leonardo Linhares (SPX).

Os 6 episódios serão publicados nos 6 dias úteis entre 17 e 24 de outubro. Você pode seguir e escutar pelo Spotify, Spreaker, Deezer, iTunes e Google Podcasts.

Matheus Soares

Matheus Soares é analista da Rico Investimentos e um dos responsáveis pela Carteira Rico Dividendos 8+