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Não deixe para amanhã o que você pode investir hoje

Começar a investir o quanto antes é sempre uma decisão acertada - e eu vou te mostrar o porquê
Por  Carolina Oliveira -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Não é incomum eu escutar, durante conversas entre amigos, que alguns deles querem começar a investir.

Mas as justificativas pelas quais ainda não o fizeram sempre surgem: um tem preguiça, outro diz que vai fazer isso em um momento mais tranquilo da vida, e sempre tem aquele que nunca parou para pensar nisso.

Se por acaso, assim como alguns dos meus amigos, você ainda não começou a investir – ou se conhece alguém a quem queira levar algum incentivo com essas minhas reflexões –, hoje vou me dedicar a contar algumas histórias para que você mude de opinião ao fim deste texto.

Aliás, a primeira delas traz justamente a razão pela qual decidi escrevê-lo.

Tudo começou quando li um artigo recente que falava sobre a trajetória de dois grandes investidores americanos: Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway e um dos mais famosos investidores do mundo, e Jim Simons, discretíssimo matemático e o nome por trás dos fundos sistemáticos da Renaissance Technologies.

Em determinado ponto do artigo, o autor mostra que Simons teve um retorno anual de 66% em seus investimentos desde 1988, enquanto Buffett conseguiu um retorno anual de 22% na sua vida de investidor.

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Porém, embora o primeiro tenha tido um retorno muito maior, seu patrimônio é menor: Simons tem cerca de US$ 23 bilhões, enquanto Buffett tem US$ 81 bilhões.

O fator determinante para tamanha diferença, segundo o autor, foi o tempo: enquanto Simons, segundo os relatos, começou a investir perto dos 50 anos de idade, Buffett deu seus primeiros passos com pouco mais de 11 anos!

E o que isso tem a ver?

Quem começa a investir mais cedo dá mais tempo para que os juros compostos possam trabalhar, o que colabora – e muito – para a construção do patrimônio.

Os juros compostos, que aqui chamaremos de rentabilidade dos seus investimentos, vão atuar não apenas sobre o valor investido todo mês, mas também sobre o saldo já investido anteriormente.

Ou seja, quanto mais cedo o dinheiro for investido, maior vai ser a potência da combinação entre juros compostos e tempo de investimento.

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Para você entender melhor esse conceito, elaborei duas situações hipotéticas.

Suponha que uma versão minha, que chamaremos de Carol 1, tenha se graduado na faculdade aos 21 anos e começado a procurar um emprego.

Depois de algumas entrevistas, conseguiu um trabalho que não pagava tão bem, mas era um bom começo para sua carreira.

Como a Carol 1 veio de uma família com poucos recursos, prometeu a si mesma que iria se organizar financeiramente para não passar nenhum perrengue com grana.

Com isso, ela começou a investir R$ 1 mil todo mês, fizesse chuva, fizesse sol. Era um compromisso dela com ela mesma, sabe?

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Já a Carol 2 resolveu que, depois de formada na faculdade, usaria o salário do emprego que tinha acabado de arrumar para financiar novas experiências, como viajar, conhecer lugares e restaurantes, fazer mais cursos, de maneira a aproveitar muito bem alguns anos de sua vida.

Apenas depois de casar e ter filhos, Carol 2 começou a se preocupar com a segurança da família e com a sua aposentadoria. Afinal, ela já tinha 41 anos.

Assim, resolveu mergulhar de cabeça nos investimentos e começou a investir R$ 5 mil todo mês, religiosamente.

Então, quando Carol 1 e Carol 2 se aposentarem, aos 65 anos, a Carol 1 terá acumulado um patrimônio de R$ 8,25 milhões. Enquanto isso, Carol 2 terá um patrimônio de R$ 5,59 milhões – se considerarmos uma rentabilidade de 10% ao ano.

Mesmo que a Carol 2 tenha investido mensalmente um valor cinco vezes maior do que o da Carol 1, o fato de ter começado 20 anos mais tarde pesou na hora de construir seu patrimônio – o que fez com que o saldo das duas apresentasse uma diferença de R$ 2,66 milhões!

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E se a Carol 2 quisesse ajustar a sua rota para chegar aos 65 anos com o mesmo patrimônio da Carol 1 (que, para efeito de comparação no gráfico abaixo, vou chamar de Carol 3)?

Para isso, ela teria que investir a bagatela de R$ 7.375 todo mês, ou seja, algo próximo de sete vezes mais do que a Carol 1 investiu no passado.

Depois de ter conhecido um pouco mais sobre Warren Buffett e Jim Simons, e as minhas duas versões, acredito que tenha ficado evidente como é importante começar a investir o mais cedo possível.

É claro que outros fatores devem ser considerados, como adicionar uma pitada de paciência e de foco no longo prazo para não se deixar impactar por janelas ruins de rentabilidade nos seus investimentos e acabar fazendo movimentações desnecessárias no meio do caminho.

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O diferencial é começar o quanto antes. Como bem ilustra a trajetória de Buffett, ter começado a investir tão cedo fez toda a diferença na história do patrimônio do megainvestidor – e também pode, ainda que em proporções menores, fazer a diferença na sua.

Isso quer dizer que se você – ou alguém que conheça – ainda não deu os primeiros passos no mundo dos investimentos, está tudo perdido? Claro que não!

Agora que você já sabe que quanto mais cedo começar, melhor, que tal ter essa iniciativa a partir deste momento mesmo?

Atitudes simples, como economizar uma parcela do seu salário, não gastar todo o seu 13º e pensar antes de gastar todo o recurso que você ganha, já fazem uma grande diferença.

Então, não deixe para amanhã o que você pode investir hoje.

Abraços,

Carol Oliveira

Carolina Oliveira Carolina Oliveira é especialista em fundos de investimento na Spiti, analista CNPI, economista e mestre em Economia Empresarial. Atuou nas áreas de investimentos de fundos de pensão por quase uma década. Acredita que os investimentos foram feitos para beneficiar aquele que investe e que o pequeno investidor deveria ser capaz de conseguir investir sem firulas e com o calibre de um investidor grande. É por essa causa que está disposta a advogar.

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