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50 milhões. Esse é o novo valor do capital segurado que a Prudential do Brasil passa a disponibilizar no mercado brasileiro. Em 2011, o valor era de R$ 10,6 milhões, em seguida passou para R$ 15,8 milhões. O valor era insuficiente para muitos empresários, que acabavam procurando um capital maior em produtos fora do Brasil. Foi quando as seguradoras locais passaram a elevar o valor. Em 2013, a Prudential aumentou R$ 30 milhões e a concorrência passou a seguir o movimento.
A iniciativa busca oferecer maior proteção aos clientes que necessitam de uma cobertura mais ampla e com o valor de proteção mais elevado. “Desde 2011 o nosso capital segurado por vida quase quintuplicou. A proteção é um grande diferencial no nosso mercado, pois conseguimos assegurar clientes que têm necessidades mais elevadas, provedores de família que querem rápida liquidez financeira em caso de ausência, inclusive companhias que investem em executivos estratégicos e precisam se preparar para um caso de sucessão”, afirma Thereza Moreno, vice-presidente de Finanças & CFO & CRO da Prudential do Brasil. De acordo com a executiva, a seguradora conta com mais de 300 mil apólices de seguro vida individual.
O segmento de vida no Brasil tem ainda um grande potencial a ser conquistado. Para isso, as companhias investem em educação financeira para que o brasileiro entenda os benefícios de deixar a família protegida, bem como a si próprio, em caso de uma invalidez parcial ou total. Estudo divulgado pela seguradora suíça Zurich realizado em 11 países mostra que enquanto 41% dos brasileiros acreditam que o risco de perda de renda é pouco provável, 72% afirmam que, em caso de desemprego, não conseguiriam se sustentar por mais de seis meses.
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Um recente estudo realizado pela Zurich em parceria com a Universidade de Oxford em 11 países de diferentes continentes destaca o potencial de vendas do Brasil. Segundo a seguradora, que atua em mais de 170 países, as falhas na proteção de renda são um desafio global muito grande para ser resolvido de forma separada, sendo necessário um esforço compartilhado entre governo, empregadores, seguradoras e indivíduos.
No mundo todo, 38% das mais de 11 mil pessoas entrevistadas disseram acreditar que existe menos de 10% de chance de um evento impedir sua capacidade de gerar renda. No Brasil o índice é maior: 41% acreditam ter até 10% de chance de ficarem sem renda devido a doença ou invalidez. A conclusão se mostra mais alarmante quando considerado outro fator: 44% dos pesquisados já tiveram perda de renda devido à invalidez ou morte de algum familiar.
No caso do Brasil, identificou uma triste realidade: os brasileiros estão muito desprotegidos em termos econômicos. 72% dos entrevistados afirmam ter recursos para no máximo seis meses, caso percam a capacidade de gerar renda. Dos brasileiros questionados sobre o que aconteceria caso perdessem repentinamente a capacidade de gerar renda, 28% disseram não ter recursos por mais de um mês, em caso de sofrerem doença grave ou invalidez. Outros 27% responderam que o tempo limite seria três meses, enquanto 17% teriam no máximo seis meses de recursos.
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Outra constatação: 67% dos brasileiros entrevistados preferem benefícios a melhores salários. Somente 19% preferem salários mais altos em detrimento dos benefícios, entre os mais de mil entrevistados no Brasil. O estudo aponta que no mundo todo a maioria das pessoas preferem benefícios, alcançando média global de 60%. O México é o único país que tem índice maior do que o brasileiro: 79%. Apesar desta preferência marcante, somente 13% dos entrevistados disseram já ter recebido este tipo de oferta de seus empregadores.
Enfim, há um grande potencial a ser conquistado. Enquanto em países como a Suíça o consumo per capita de seguros ultrapassa US$ 4 mil por ano, no Brasil não chega a US$ 180. Segundo dados de um estudo da Swiss Re, os prêmios dos seguros de vida deverão globalmente crescer ainda mais em 2016 nos mercados emergentes, uma vez que nas economias maduras o produto apresenta estagnação e até recuo. Em 2015, por exemplo, nos Estados Unidos as vendas de seguro de vida recuaram 2%, no Reino Unido 3,6% e no Japão o crescimento foi de apenas 1,2%.