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IPOs, garantia e rural movimentam o noticiário

Veja um resumo das principais notícias sobre o mercado segurador divulgadas em grandes mídias e especializadas na semana de 29 de maio a 2 de junho:
Por  Denise Bueno
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

IPO 1 – Duas empresas de peso no mercado segurador e saúde suplementar protocolam comunicados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O IRB Brasil RE deu entrada em seu tão sonhado IPO, juntamente com um pedido de registro de companhia aberta. Pelo comunicado, o ressegurador pretende fazer uma oferta secundária de ações, em que os atuais sócios vendem as suas participações na empresa. São acionistas: a União com 27% e uma Golden share, BB Seguridade, com 20,43%, Bradesco Seguros, com 20,43%, Itaú Unibanco, com 15%. Os acionistas do IRB também aprovaram a adesão do ressegurador ao Novo Mercado, segmento de mais elevado grau de governança corporativa. Vamos ver se agora vai. Por enquanto a autorização dos acionistas é somente para deixar tudo preparado para protocolar o pedido do IPO em julho, segundo fontes.

IPO 2 – Além do IRB Brasil Re, a Notredame Intermédica também protocolou seu esperado pedido para oferta pública inicial de ações. Segundo o comunicado, a operação será secundária, com recursos eventualmente captados irão para a mão de acionistas e não injetados na empresa. Segundo divulgou a Agência Estado, fontes calculam que um IPO ou venda da Intermédica pode ser uma das maiores transações da história do setor de saúde brasileiro.

Raio X – A Revista Valor Financeiro, do Jornal Valor Econômico, publicou na semana uma edição inteiramente dedicada a Seguros, Previdência e Capitalização. “O mercado tem impressionado muito pela governança”, declarou o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, ratificado pela diretora da agência de classificação de risco Fitch, Esin Celasum: “Apesar da desaceleração do crescimento e prêmios, os resultados técnicos continuam sólidos e as seguradoras estão bem focadas no controle de despesas e sinistralidade. Além disso, o setor tem mantido liquidez e lucratividade adequada.” São mais de 20 matérias de diversos produtos distribuídas em 99 páginas. 

Telemetria – Segurados de carro que, em até 60 dias, rodarem mais de 800 km e realizarem pelo menos 20 viagens poderão receber um desconto de até 30% nos seguros automotivos da Liberty Seguros. Isso porque a seguradora qur manter seus clientes e conquistar novos com o aplicativo Direção em Conta, programa de telemetria que, além de oferecer aos usuários uma nova maneira de interagir e consumir seguros, contribui com a segurança no trânsito ao oferecer dicas de direção para os motoristas de todo o país.

Roubos no Rio – O Estado sofre com a violência, que acederam o alerta das seguradoras que atuam com seguro transporte e automóvel. Os roubos de automóveis no Rio cresceram 50,1% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi um salto de 3.259 para 4.891 ocorrências. No confronto do primeiro quadrimestre com o de 2016, o crescimento foi de 13.065 para 18.389 casos, mais 40,75%. Com isso, o preço médio dos seguros para quem mora no Estado subiu 20%.

Streaming – A HDI criou perfil no Spotify, o hdi-seguros, com músicas para todos os gostos e ocasiões. O Spotify é um serviço de música digital que dá acesso a milhares de playlists, cada com um tema diferente. A primeira playlist disponibilizada tem músicas de artistas consagrados como Imagine Dragons, Beyonce, Ed Sheeran e Guns and Roses.

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Riscos Cibernéticos – O tema ganha força com os recentes ataques de hackers em grandes instituições. O Brasil, que conta hoje com apenas duas seguradoras para ofertar o seguro, AIG e XL, deverá ganhará ainda este ano novas ofertas:  Chubb, Argo, Allianz, Generali.

Infraestrutura – Ampliar o debate sobre o novo modelo de seguro garantia que sairá com a alteração da Lei 8666/93 é essencial para buscar soluções que possam fortalecer ainda mais a aplicação do seguro garantia em projetos de infraestrutura, tema destacado em dois grandes eventos realizados no final de maio e que reuniu o presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira. Luciano Calheiros, CEO da Swiss Re Corporate Solutions Brasil, que em julho coloca em prática a parceria com a Bradesco Seguros em grandes riscos fechada no ano passado, afirma que as seguradoras podem contribuir para a engenharia financeira dos projetos oferecendo garantias mais robustas, que irão proporcionar maior segurança ao investidor.

Mão na massa – Mas não depende somente do mercado segurador criar um produto de garantia. “Todos os atores devem estar de acordo com as condições que o mercado pode ofertar, em contrapartida às condições que os segurados e tomadores da garantia podem suportar”, salienta. De acordo com Luciano Calheiros, os esforços estão sendo conduzidos no sentido de uma maior segurança jurídica nas contratações, ou seja, projetos mais bem estruturados, mais transparentes, com mais informações sobre os contratantes, com segurança sobre o direito da seguradora em retomar a obra, readequação de prazos e entendimento favorável à não sucessão das dívidas trabalhistas passadas. “Além disso, as seguradoras deverão se preparar, criando uma área de subscrição de riscos dedicada à análise da engenharia dos projetos, uma área de monitoramento de risco capaz de cobrir o território nacional ou sua área de atuação, bem como uma boa estrutura na área de sinistros, na qual deverão ocorrer as retomadas das obras inacabadas”, finaliza o CEO da Swiss Re.

Previdência – A Reforma da Previdência enfrenta um clima de pessimismo diante do cenário político completamente instável. “Eu já não acredito mais na reforma da Previdência. Não acredito mais. E acho que nós vamos caminhar para o desastre fiscal porque tem a PEC [proposta de emenda parlamentar] do teto e as despesas da Previdência continuaram crescendo acima da inflação. Então, progressivamente elas vão ocupando o espaço de todas as outras despesas.” Essa é a opinião de Roberto Brant, interlocutor frequente de ministros próximos do presidente, ex-ministro da Previdência no governo Fernando Henrique e um de seus colaboradores antes ainda do impeachment de Dilma Rousseff, publicada pelo Valor.

PGBL e VGBL – Os diretores da Capemisa Seguradora comunicam que a empresa está encerrando a sua carteira de clientes dos produtos PGBL e VGBL. Para efetuar o resgate ou portabilidade, entre em contato com a Central de Relacionamento CAPEMISA: 4000 -1130 (Capitais e Regiões Metropolitanas) ou 0800 723 3030 (Demais Localidades). O atendimento é realizado de segunda a sexta feira, das 08h às 20h, exceto feriados, informa comunicado divulgado nesta sexta-feira, assinado pelos diretores Fabio dos Santos Meziat Lessa e Rafael Graça do Amaral.

Icatu e Rio Grande – A Superintendência de Seguros Privados (Susep) divulgou nesta semana portaria na qual aprova a transferência integral da carteira de previdência da Icatu Seguros para a Rio Grande e Previdência nos termos do contrato de cessão firmado entre os acionistas em 23 de setembro de 2016. A Rio Grande Seguros e Previdência é a seguradora na qual Icatu Seguros e o Banrisul são sócios. A participação na Rio Grande é de 50,01% e a da Icatu Seguros de 49,99% do Banrisul. Essa portaria se refere a transferência da parte da carteira de previdência que é distribuída pelo Banrisul e tinha a Icatu Seguros como seguradora. Agora a seguradora passa a ser a Rio Grande. Ano passado foi concluído o mesmo processo na carteira de vida.

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Grandes demais para quebrar – Foi divulgada a Portaria nº 580, de 29 de maio de 2017, com a relação das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) inicialmente enquadradas como Entidades Sistemicamente Importantes (ESI) e que por isso terão uma fiscalização mais próxima. São elas: BANESPREV, FAPES, FATL, FORLUZ, FUNCEF, FUNCESP, FUNDACAO COPEL, FUNPRESP-EXE, FUNPRESP-JUD, ITAU UNIBANCO, PETROS, POSTALIS, PREVI/BB, REAL GRANDEZA, SISTEL, SP-PREVCOM, VALIA.

Marca – Nesta semana foi divulgado o ranking Marca Mais, produzido pelo Estadão. Porto Seguro, Bradesco e Itaú foram as premiadas em Seguros e Amil, Bradesco e SulAmérica em Saúde. A Liberty Seguros também aparece entre as três mais citadas na Região Sul.

Rural – Depois de boatos sobre o corte de 90% dos recursos para a subvenção do seguro rural, que levaram as seguradoras a marcar uma reunião emergencial na segunda-feira, uma notícia tranquilizante na quarta- feira. O calendário de liberação dos recursos para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), referente ao 1º semestre deste ano, não sofrerá qualquer mudança. A informação será dada pelo secretário de Política Agrícola, Neri Geller, durante reunião com representantes do setor. Segundo ele, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) garantiu a liberação de R$ 90 milhões para subvenção ao prêmio do seguro rural até o mês de junho. “Apesar de toda a dificuldade enfrentada pelo governo federal para equilibrar as contas públicas, conseguimos manter a programação definida na Resolução nº 52 do Comitê Gestor. Isso trará maior segurança para aqueles produtores que pretendem contratar o seguro e pleitear a subvenção federal através do PSR”, disse Geller.

Saúde – Operadoras de planos de saúde ameaçam deixar de atender até 70% das cidades brasileiras após o Congresso Nacional derrubar veto do presidente Michel Temer em artigos da lei que define regras para o recolhimento de ISS. Segundo a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), dos mais de 5.500 municípios no país, aproximadamente 3.800 têm menos de 1.000 beneficiários de planos de saúde. Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, diz que a adaptação à lei depende de simplificação e padronização das regras tributárias dos municípios e de ajustes de sistemas de cálculo de impostos de empresas. Não haverá aumento de impostos significativo para elas, afirma. Ele diz acreditar que a ameaça dos planos de deixar parte das cidades terá efeito limitado: “Caso empresas saiam de alguma cidade, outras podem entrar em seu lugar”.

Certificação Profissional – A CNseg lança a terceira edição da sua Certificação Profissional. Ela tem como principal objetivo promover a qualificação técnica de profissionais do setor, favorecendo seu desenvolvimento para melhoria do desempenho das empresas e instituições do mercado segurador. Segundo o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, as profundas transformações estruturais que o mercado segurador brasileiro e mundial atravessam exigem dos profissionais do setor uma maior qualificação, inclusive para corresponder às expectativas de consumidores, também muito melhor informados e conscientes. Além disso, tempos de crise geram ainda mais concorrência e dão oportunidade a profissionais capazes de criar novas soluções que ensejem diferenciais competitivos.

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Catástrofe – Um forte ciclone na Ásia se moveu para o norte, em direção a Bangladesh, nesta segunda-feira, após provocar tempestades no Sri Lanka e no leste da Índia, matando quase 200 pessoas.

Denise Bueno Jornalista especializada em seguros, resseguros, previdência e capitalização, é fundadora do blog Sonho Seguro

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