Pré-diabetes tem reversão? Entenda como o estilo de vida pode prevenir o diabetes tipo 2

Muita gente encara o diagnóstico de pré-diabetes como uma sentença. Mas com alimentação adequada, atividade física e controle de peso, é possível voltar aos padrões normais de glicemia e afastar a progressão para o diabetes tipo 2. Conheça as estratégias mais eficazes e o que diz a ciência.

Paola Machado

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o pré-diabetes é um estado intermediário entre a normoglicemia e o diabetes tipo 2, caracterizado por níveis de glicose no sangue acima do ideal, mas ainda abaixo dos critérios diagnósticos para diabetes. A condição está diretamente relacionada à resistência à insulina — um distúrbio em que as células do corpo não respondem adequadamente à ação desse hormônio —, sendo um dos principais preditores do desenvolvimento do diabetes tipo 2 nos anos seguintes.

Embora muitos acreditem que o diagnóstico seja uma sentença irreversível, a verdade é que o pré-diabetes pode ser revertido com mudanças consistentes no estilo de vida. O National Institutes of Health (NIH) e a Mayo Clinic são claros ao afirmar: é possível reverter o quadro com uma combinação de alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, emagrecimento sustentável e, em alguns casos, uso de medicamentos sob orientação profissional.

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Estima-se que, sem intervenção, até 70% dos indivíduos com pré-diabetes evoluam para diabetes tipo 2 ao longo de uma década. No entanto, estudos mostram que a redução de 5% a 10% do peso corporal e a inclusão de atividade física regular podem reduzir esse risco em mais de 58% (Diabetes Prevention Program, NIH). A resistência à insulina, apesar de multifatorial, é fortemente influenciada por maus hábitos alimentares, sedentarismo e acúmulo de gordura visceral — um dos grandes marcadores de risco cardiometabólico.

Veja abaixo as estratégias mais recomendadas para reverter o pré-diabetes:

Adotar essas medidas de forma consistente pode devolver os níveis glicêmicos à normalidade e evitar o desenvolvimento de uma condição crônica que, uma vez instalada, exige controle contínuo. O pré-diabetes não é um destino: é um alerta. E a melhor resposta a esse alerta é a ação.

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Paola Machado

Dra. Paola Machado é Doutora e Mestre em Ciências da Saúde pela UNIFESP, especializada em Fisiologia do Exercício, Nutrição e Fisiopatologia da Obesidade. Com mais de 2000 textos publicados em portais renomados, ela se destaca como uma referência em emagrecimento, performance pessoal e rotinas de sucesso, traduzindo conhecimento científico em práticas acessíveis e eficazes. Siga no Instagram: @machado_paola