Crédito da China, COP 28 e PIB

Acontecimentos pelo mundo inteiro chamaram atenção ontem – e continuam fazendo preço hoje

Alexandre Aagesen

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Hoje a pauta está cheia. Vou ter que fazer daquele jeito acelerado. Está acabando o dinheiro americano para a Ucrânia: o Congresso tem ainda um orçamento separado para até o fim de dezembro, mas qualquer coisa adicional precisa ser rediscutida e a pauta não vai ser bem recebida na casa. Continuando nossa bateria de dados de emprego nos EUA, hoje temos ADP, o menos acompanhado dos três principais, mas sempre vale. E sabe aquela história de a Venezuela querendo abraçar (de forma pouco amigável) a Guiana? Aparentemente não dá para atravessar essa fronteira (de floresta fechada) tranquilamente e o caminho mais fácil seria – você adivinhou – aqui por nossa Pindorama. A posição formal do Brasil ainda é de que se trata de um assunto interno da Venezuela mas, just in case, decidiu mandar 16 blindados do Exército para a região Norte.

Mais para o Leste do mundo, também temos pautas grandes. A Moody’s cortou a perspectiva de rating da China. Lembrando: isso não muda o rating em si (ainda), mas é aquele esquema de “quem avisa, amigo é”. E o motivo todo mundo já conhece: é que a dívida PIB sobe e o crescimento econômico desce (Xibom Bombom). Você sabe bem o que é a COP28, mas caso tenha dúvidas, vou usar a definição dada por eles mesmos: a COP28, nos Emirados Árabes Unidos, une o mundo num momento crítico para ações em prol da transformação global do clima. Em outras palavras, uma feira de transição energética na casa de um dos maiores produtores de energia fóssil do mundo. Conflito de interesses? Espere até saber que o presidente da COP foi gravado defendendo o uso contínuo de combustíveis emissores de CO². Fora de contexto, é claro.

E aqui, na minha terra, onde canta o sabiá, não tem pauta murcha. Em Brasília, todos de olho nos vetos ao marco fiscal, para podermos ver o relatório da LDO. Mas qualquer coisa deve ficar para amanhã, porque hoje tem feijoada no restaurante do Planalto. O que tem de trabalho hoje no Legislativo (de São Paulo, no caso) é a votação para privatizar (ou não) a Sabesp. E o mercado ainda reage ao PIBão(zinho) de +0,1% no terceiro trimestre. Um pequeno passo para o PIB. Um salto gigante em relação às expectativas (e, particularmente, um passo positivo). O que a gente se preocupa? PIB. O que deveria se preocupar? PISA.

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Alexandre Aagesen

Com mais de 16 anos de mercado financeiro, é CFA Charterholder, CAIA Charterholder, autor do livro "Formação para Bancários", professor convidado e Investor na XP Investimentos