O primeiro semestre deste ano encerrou com crescimento de 4,6% nas vendas de veículos leves. Mas essa não é a verdade absoluta para todos os estados brasileiros. Nesse nosso país continental, existem vários “Brasis”.
Neste contexto, as vendas de veículos leves vêm apresentando bons resultados nas regiões Norte e Centro-Oeste. Essas duas regiões apresentam o dobro do crescimento registrado pelo mercado, com taxa média de 9,75%.
De fato alguns estados como Amapá, Mato Grosso, Roraima, Mato Grosso do Sul e Tocantins, estão apresentando taxas de crescimento de dois dígitos! Principalmente se considerarmos que, neste ano, as vendas totais do mercado fecharão com retração média de 2%.
A região sudeste – que representa metade das vendas de veículos – apresenta crescimento médio de 2,5%. O principal mercado – São Paulo – registra perdas de 0,7%, a qual fechará o ano com queda de 5%.
Já nas vendas de veículos pesados (caminhões e ônibus), registramos que os bons resultados encontrados na safra agrícola no começo desse ano, fizeram com que as vendas de caminhões ficassem mais concentrada nas grandes regiões agrícolas do país. A região Centro-Oeste registrou crescimento de quase 30% neste primeiro semestre e a Região Sul ficou com 23%, contra um que apresenta crescimento médio de 8%.
Nos primeiros seis meses do ano passado, as vendas de veículos pesados nestas duas regiões respondiam por 29% do total. Neste ano, esse percentual saltou para 35%. No caso dos dois grande Estados produtores do Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), obtiveram crescimento médio de 70% e 56% respectivamente.
Já no “trágico” segmento de duas rodas, as vendas registram queda de 12% neste semestre. Dos 27 Estados brasileiros, apenas quatro registram crescimento, onde o grande destaque está nos Estados do Pará e Amazonas com crescimento médio de 15% e 12% respectivamente.
O que explica esses “dois Oasis” no meio do caos que vive o segmento de duas rodas é muito simples: em geral, os consumidores de motocicletas dos estados da região Norte, Nordeste e Centro-Oeste possuem certa dificuldade para obtenção de linha de crédito para a compra da motocicleta. Daí, percebe-se que estas regiões trabalham com mais afinco a venda do produto consórcio. Como o produto possui uma maturação de médio prazo, as concessionárias da região começam a formar uma “carteira futura de clientes”, sobressaindo-se assim, um pouco melhor, nos momentos de crise.
Se compararmos com as vendas do Estado de São Paulo, o mesmo registra perdas de 24%. Da mesma forma que as regiões Sul e Sudeste foram as que apresentaram os piores resultados.