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O que é melhor: comprar ou fazer a assinatura de um carro?

Então, num destes questionamentos universais da vida, conversamos com o pessoal da Virgola, uma startup lá de Ribeirão Preto que fez um levantamento sobre o tema para saber se esse paranauê de “assinatura” de veículos realmente vale a pena.
Por  Raphael Galante
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Caros leitores, digníssimas leitoras: existem vários questionamentos primordiais na vida do ser humano: de onde viemos? Para onde vamos? Caso ou compro uma bicicleta? E, entrando na seara deste espaço: vale mais a pena comprar um carro novo ou fazer uma assinatura ?

O que vem pipocando nos últimos meses é a entrada das montadoras no canal de assinatura de carros. Parece um caminho sem volta… mas será que realmente, HOJE, comprar um carro ainda vale a pena?

Então, num destes questionamentos universais da vida, conversamos com o pessoal da Virgola, uma startup lá de Ribeirão Preto que fez um levantamento sobre o tema para saber se esse paranauê de “assinatura” de veículos realmente vale a pena.

E como foi feito o estudo?

Bom… para saber o custo total do veículo, consideraram:

* Preço de compra do veículo;

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* Para o total das despesas, foi calculado a soma dos custos de IPVA, emplacamento, licenciamento, revisões básicas, troca de pneus, troca de pastilhas de freio e seguro;

* Custos de IPVA e documentação foram baseados na legislação da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo;

* Custos de revisão básica extraídos da tabela de preços oficial disponibilizada pelas montadoras em seus próprios sites; * Despesas com seguro estimados em parceria com a Minuto Seguros;

* Desvalorização/revenda calculada com horizonte de 36 meses, com algoritmo do Virgola, que utiliza histórico da tabela FIPE e ajustes baseados em números de mercado;

* Custo total transformado em pagamentos mensais, utilizando técnica de fluxo de caixa descontado com Taxa Selic de 3,0% a.a.

E aí, para sabermos o custo da assinatura, foram utilizadas as plataformas da Unidas Livre e da Movida ZeroKM. E foi considerado na simulação o plano de 36 meses com franquia de 1.000 km/mês.

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E aí, qual a conclusão que chegamos?

Depende…

Em geral, vai depender do tipo de carro que você tem em mente. Por exemplo: se você estiver atrás de uma assinatura de um carro Sedan Médio como Honda Civic, Toyota Corolla e VW Jetta, a opção menos onerosa é você comprar o veículo do que fazer uma assinatura dele.

Mas eu não quero um carro Sedan, eu estou atrás de um SUV, que é o grande “frisson” do mercado. Aí, para alguns modelos, vale muito a pena fazer uma assinatura de um veículo. Por exemplo, entre você comprar um Renegade Longitude ou fazer uma assinatura dele, fique com a segunda opção, que sai muito mais em conta (quase 20% mais barato):

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O ponto central do Renegade é que o pessoal da FCA “praticamente” faz o Renegade para o pessoal de Belzonte, e aí tem alguns poucos desavisados que ainda saem para comprar o carro – e tendem a se dar mal.

Mas, se considerarmos o Renegade “café-com-leite”, outros SUV apresentam boa atratividade, como o VW T-Cross ou o GM Tracker:

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Fugindo dos Sedans Médios e dos SUVs, indo para os carros mais populares (Hatch Pequeno), nem o campeão de vendas (GM Onix) consegue ser atrativo.

No caso do Onix, optando por uma assinatura, você desembolsaria 15% a mais do que fazendo sua aquisição.

Conversamos com o Filippe Cordeiro, que é o sócio fundador da Virgola e nos mandou o material (mas não teve a coragem de convidar o estagiário para tomar um chope no lendário Pinguim). Ele comentou algumas impressões que o time da startup teve na hora da elaboração do material:

“O processo de análise para assinar um carro 0 km não é muito diferente do de compra. A grande diferença entre eles está na previsibilidade/inflexibilidade, mas ambos continuam a obedecer a mais antiga regra do jogo: oferta x demanda.

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Assinar um carro 0 km pode ser uma estratégia para quem quer ter custos previsíveis e uniformes ao longo do tempo, mas isso pode ter um custo de até 40% a mais em alguns casos. O segredo é fazer as contas para encontrar o carro que as locadoras estão precisando despachar.

Comprar um carro 0 km é algo mais emocional e traz consigo uma incerteza quanto aos custos ao longo do tempo, pois o comprador não tem um contrato de venda pré-estabelecido. No entanto, de acordo com este estudo, na maioria dos casos a incerteza saiu mais barata do que a previsibilidade.”

O que o estagiário acha?

Na conta do pessoal da Virgola, faltou um possível custo financeiro para a compra do carro (52% dos carros novos vendidos são financiados), o que tornaria a diferença entre aquisição e assinatura menor.

Contudo, HOJE, ainda sai mais em conta você fazer a aquisição do veículo do que a assinatura. Mas acreditamos que isso esteja com os dias contados.

O que presenciamos nos últimos meses foi que montadoras como CAOA-Chery, Fiat, Toyota e Volkswagen, além de grupos de concessionárias (como o pessoal da ABRACAF-Fiat), entraram neste ramo de atuação.

E aí – graças a Deus – a lei universal da demanda/oferta deverá fazer com que essa diferença se achate cada vez mais, até que, para determinados modelos, passe a ser mais vantajoso a assinatura do que a aquisição do veículo.

E aí, o que achou? Dúvidas, me manda um e-mail aqui. Ou me segue lá no Facebook, Instagram, Linkedin e Twitter.

Raphael Galante Economista, atua no setor automotivo há mais de 20 anos e é sócio da Oikonomia Consultoria Automotiva

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