Um dos grandes pontos que vivenciamos no mercado automotivo – e em qualquer outro segmento – é a questão das mídias sociais.
A dúvida é: qual é o real impacto da internet para o consumo dos produtos? E, falando aqui mais especificamente, qual é o impacto da internet (mídias sociais) para a venda de carros.
Bom, para detalharmos um pouco melhor o que acreditamos, vamos utilizar informações do mercado americano de carros. E por que o mercado americano? Porque podemos comprovar os nossos conceitos com números. Vamos lá:
No mercado americano – e, começando agora no Brasil – existe nas concessionárias um departamento exclusivo de vendas de carros via internet. E esse é o principal departamento de uma concessionária de veículo. Essa modalidade de venda é uma coisa nova, algo em torno de cinco anos para cá. Mas, atualmente, corresponde – em geral – por 40% a 45% das vendas de carros de uma concessionária.
Como funciona esse departamento? Ele não “realiza a venda do carro on-line” – com exceção do Scion da Toyota. Ele serve para ler os leads da internet e trazer o cliente para as concessionária. De fato, o investimento em mídias sociais (internet) nas concessionárias de veículos ganhou tal importância que, hoje, mais de 25% dos recursos de marketing vão para lá.
Apenas para termos uma ideia melhor, em 1991, a mídia “jornal” consumia 58% de todos os recursos de marketing de uma concessionária. Esse percentual caiu para 53% em 2001 e ficou em 20% já em 2011.
O gráfico abaixo exemplifica melhor a distribuição dos recursos de marketing de uma concessionária nos EUA:
Além disso, mais duas informações para fecharmos o nosso raciocínio.
A primeira é: Quando falamos das mídias off-line que correspondem a 75% (como TV, Rádio e Jornal), elas não são tão “off-line” assim. Principalmente no tocante Jornal e Rádio, existem propagandas que estão embutidas na versão internet. No caso da mídia de Jornal, as propagandas também são colocadas no modo digital (versão tablet) e o mesmo para a mídia em rádio, onde todos já dimensionam o seu alcance através das “internet rádio”.
Por fim, o aumento de marketing em internet/mídias sociais, alavancou grandes investimentos por parte dos concessionários. Em 1991, havia um investimento médio de US$ 270 para cada carro vendido. Em 2001, esse valor saltou para US$ 390 e em 2011 encerrou o ano em US$ 628, diferença de 133% sobre o ano de 1991. Inflação do período? 68,1%
No caso do setor automotivo americano, as mídias sociais não são uma realidade, mas uma necessidade.