Consórcio de veículos: a jabuticaba de R$ 250 bilhões
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Caros leitores, digníssimas leitoras: hoje falaremos sobre consórcio de veículos. Mas antes, uma pausa para um meme de internet:
Sabia que essa jabuticaba chamada consórcio automotivo vai movimentar R$ 250 bilhões no Brasil nos próximos anos? Mas antes de começarmos a explorar o assunto, vamos esclarecer alguns preconceitos que possam existir, para podermos focar na ideia central:
* SIM, é um produto brasileiro (igual a jabuticaba), mas ele também existe em outros países;
* SIM, a melhor maneira de você comprar algum BEM (ou serviço) é poupar e comprar à vista!
* SIM, consórcio não é um bom investimento! Da mesma forma que, cada vez que você investe na poupança, você MATARÁ UM LINDO URSO PANDA, lá do outro lado do mundo (é o efeito borboleta)! 😉
Mas (sempre existe um “mas”), levando em consideração que: 1) a educação financeira do brasileiro é péssima; 2) outras opções de financiamento para a compra do veículos são demasiadamente caras (por exemplo, para motocicletas); 3) para o pessoal da linha pesada (caminhões, máquinas agrícolas e implementos) ele é uma boa saída contábil, além de gerar um networking incrível.
Veja o exemplo da Scania aqui. O produto tem lá sua atratividade.
Agora, voltando ao nosso ponto central: segundo o Banco Central, o sistema de consórcios para veículos vai movimentar (ou já movimentou) a bagatela de mais de R$ 245 bilhões. Esse é o volume de dinheiro que será direcionado para a indústria automotiva num prazo de 6-7 anos.
Neste ano, o sistema de consórcio para veículos vai liberar um volume estimado de R$ 37,5 bilhões. São 37,5 bilhões que serão usados para a compra de um veículo.
Fazendo uma analogia com o que foi liberado de concessão para o financiamento de um veículo, o sistema financeiro liberará este ano um volume próximo a R$ 160 bilhões. Ou seja, naquela conta de padoca, o consórcio movimenta praticamente 25% de tudo que foi financiado.
Uma das vantagens do consórcio é que pode-se fazer o financiamento integral do veículo, diferentemente do financiamento tradicional.
Mas sabem o que é o “mais-melhor-de bom”? É notar quem está por trás do movimento desse volume. E são os grandes bancos. Se pegarmos os quatro grandes do sistema bancário (BB; Bradesco; CAIXA e Itaú), eles ficam com 40% desse montante, ou seja, dos mais de R$ 245 bilhões que as administradoras de consórcio movimentarão, quase R$ 100 bilhões saíram dos quatro bancos.
E, aí, a regra é clara, Arnaldo! Onde o banco entra, o “trem” dá dinheiro!
Quer mais?
Hoje, existem quase R$ 20 bilhões disponíveis para os consorciados comprarem o seu veículo, o que representa 217 mil veículos para compra IMEDIATA.
Quer mais uma?
R$ 245 bilhões é o quanto o sistema de consórcio transacionou (ou transacionará). Mas, se somarmos os valores dos outros segmentos (como imóvel), a cifra ultrapassa fácil, fácil a casa dos R$ 400 bilhões. E quanto desse dinheiro foi (será) movimentado pelos quatro grandes bancos? Só a bagatela de R$ 160 bilhões.
Gente… são R$ 400 bilhões! Por esse volume, o consórcio é aquele tipo de patinho feio que continua ali, quietinho, dando bastante lucro para quem empresta. E parece que o pessoal dos bancos está vendo o cisne que ele é!
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