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Taxa de juros em queda. Como isso impacta no rendimento dos seus investimentos

Entenda como funciona o TD Selic e com o recuo da taxa de juros, como ele e os demais investimentos atrelados a esta taxa são impactados
Por  Roberto Indech
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

A taxa de juros do Brasil, a Selic, fechou em 2016 a 13,75%. Antes disso, a taxa permaneceu em 14,25% desde o final de julho de 2015 até outubro de 2016, ou seja, foram 15 meses em um nível bastante elevado, rentabilizando assim de forma satisfatória os investidores que aplicam em ativos indexados a taxa de juros do país ou ao CDI, uma taxa referencial da Selic e próxima do mesmo patamar, cujo histórico é levemente inferior. No final de 2016, iniciou-se a trajetória de queda e, após três sessões consecutivas, com dois recuos de 0,25% e um de 0,75%, chegou-se ao patamar atual de 13%, enquanto o CDI está a 12,88%.

O Tesouro Selic

Para aqueles que não conhecem os títulos do Tesouro Selic, ele é mais indicado aos investidores que buscam retornos superiores a poupança e liquidez diária em caso de necessidade. Além disso, o valor de mercado desse título apresenta baixa volatilidade, evitando perdas no caso de venda antecipada. Por essa razão, é considerado um título indicado para um perfil mais conservador. A rentabilidade dele é calculada diariamente, ou seja, se a taxa de juros está em 13%, divide-se esse número pelo número de dias úteis no ano, no caso 252. O valor atual diário é de 0,0516. Por exemplo, se você tem investido R$10 mil nesse título, significa que o retorno no primeiro dia será de R$5,16. No entanto, vale lembrar que esta aplicação é calculada nos juros compostos, portanto esse valor, caso a taxa de juros permaneça no mesmo patamar, será elevado dia a dia.

O cálculo da rentabilidade

Utilizando a própria calculadora do site do Tesouro Nacional, é possível realizar cálculos diversos, a depender dos objetivos e prazo de cada investidor. Além disso, irei realizar duas simulações: ambas com o retorno em 2 anos desta aplicação. Uma com a taxa Selic atual e outra com a taxa de juros em 9,5% ao ano, número este que está previsto por analistas e economistas de mercado para chegar ao final de 2017. Vejam as diferenciações abaixo: (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-calculadora)

E agora, o que podemos esperar? Quais as alternativas?

Como vimos nas simulações acima, no resultado dado pela rentabilidade liquida, na pior das hipóteses, o retorno descontado de todos os custos e IR a pagar será de 7,8%, enquanto a poupança deverá chegar a no máximo 7% na média dos próximos dois anos, em função do retorno ser de 0,5% ao ano somada a Taxa Referencial (TR) sendo esta atrelada de certa forma a taxa de juros do país. Portanto, como podemos ver, no pior dos cenários o retorno do TD Selic ainda é superior a poupança para 2018 e 2019.

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Dessa forma, o investidor começa a se questionar onde poderia investir para obter retornos superiores a estas taxas diante dessa perspectiva de recuo da Selic. Uma das melhores alternativas neste momento, ainda para investidores conservadores, passando por moderados e até arrojados que preferem ativos de renda fixa seriam os fundos multimercados, onde os gestores de cada fundo analisam uma série de investimentos, dentre eles emissões de empresas privadas e públicas (CDB, LCI/LCA, CRI/CRA, Debentures), moedas e ações. Aliás, para aqueles que desconhecem os fundos de investimentos, é sabido que há centenas no mercado nacional e seu patrimônio no Brasil ultrapassa os R$3 trilhões. Outros investimentos, como a opção por quais fundos multimercado aplicar recursos e demais alternativas iremos passando aos poucos aqui neste mesmo Blog em posts futuros.

Um abraço

Roberto Indech Analista chefe de investimentos da Corretora Rico/ CNPI - EM1426. Graduado em Relações Internacionais pela FAAP e certificado pelo Programa de Qualificação Profissional (PQO).

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