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Por que os data centers são a nova aposta do mercado imobiliário

Os principais players do mercado estão respondendo com agilidade para atender à demanda, que ficou por muitos anos subestimada
Por  Marcelo Hannud -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Custo, facilidade, segurança. Eis as principais razões apontadas por grandes empresas para justificar seus investimentos em serviços de nuvem, próprios ou de terceiros.

A Amazon Web Services (AWS), por exemplo, anunciou um acordo em torno de US$ 650 milhões com a americana Talen Energy para comprar um campus de data center alimentado por uma usina nuclear.

A Tivit anunciou investimentos de R$ 300 milhões em sua nuvem privada para 2024, destacando que o montante seria distribuído principalmente entre incrementos na infraestrutura dos data centers, no desenvolvimento de software e em pessoal.

E o Magazine Luiza causou barulho no mercado ao lançar a primeira nuvem pública brasileira, a Magalu Cloud, e acrescentar um ingrediente à lista de destaques ao oferecer seu próprio serviço: soberania nacional.

Estamos testemunhando um crescimento sem precedentes dos serviços em nuvem. Com os avanços no processamento de dados e o contínuo progresso das telecomunicações, especialmente com a implantação do 5G, vemos agora a concretização de soluções há pouco tempo imaginadas somente em filmes de ficção científica.

Aplicações como Machine Learning, Inteligência Artificial, Blockchain, Smart Cities & Grid e Gamers estão pavimentando o caminho para uma era completamente nova: a era dos dados.

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Tudo o que experimentamos ou conhecemos na tela de um celular, por exemplo, vem de dados processados, armazenados, tratados e distribuídos a partir de um data center. A estimativa é que a quantidade de dados existentes no mundo ultrapasse 600 trilhões de gigabytes até 2030.

Para atender a números hiperbólicos, há a necessidade de infraestrutura de mesma dimensão. De olho em investimentos que devem chegar à casa dos US$ 3,5 bilhões por ano no Brasil até 2030, como apontam estudos da Arizton Research, o mercado imobiliário brasileiro assiste a uma corrida por espaços preparados para abrigar data centers.

Aqui, estamos falando de ativos imobiliários com características bastante específicas, como alta disponibilidade de energia ou necessidade de diversos mecanismos redundantes de non-stop, impedindo que haja qualquer interrupção em seu funcionamento. E sem perder de vista a segurança, a velocidade e a conexão, imprescindíveis nesse mercado.

As chamadas “big techs”, como Amazon, Google e Microsoft, lideram a demanda, mas não estão sozinhas nessa corrida. Desde sistemas de controle logístico em restaurantes até complexos sistemas de automação em montadoras de veículos para gerenciar seus parques de robôs, praticamente qualquer aplicação depende de serviços de datacenter.

Por isso, os principais players do mercado estão respondendo com agilidade para atender à demanda, que ficou por muitos anos subestimada e se tornou crucial após a pandemia. Empresas como Scala, Odata, Equinix e Ascenty, que têm presença consolidada no Brasil há anos, estão continuamente investindo para acompanhar o crescimento do setor. E novos participantes têm chegado e intensificado a competição.

Quem tem os melhores ativos disponíveis? Onde estão localizados os principais data centers do Brasil? E quais companhias estão preparadas de fato para fazer a gestão desses espaços, que precisam combinar características tão específicas? É nas respostas para essas perguntas que estão as principais oportunidades do mercado de cifras exponenciais dos data centers.

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Marcelo Hannud CEO e fundador da Aurea Finvest

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