A forca do Brasil é “um topete loiro”: por que o governo Trump deve sufocar o nosso país?

A agenda de Trump é clara e tem o mesmo slogan de sua primeira passagem: “make America great again”.

Lucas Collazo

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Caros(as) leitores(as),

Eu sei que não é mais moralmente autorizado desejar Feliz Ano Novo, mas como essa é a primeira coluna de 2025, vou ao menos desejar boa sorte e que possamos nos encontrar com frequência por aqui. Para essa primeira oportunidade, o assunto não poderia ser outro: Donald Trump, novo presidente dos EUA.

O Brasil segue com desafios fiscais importantes e a forma com a qual o governo lida com essa prova pressiona o país do ponto de vista econômico, mas também nos preços dos ativos locais. Enquanto isso, na terra do Tio Sam, a força econômica americana se consolida, abre uma verdadeira “boca de jacaré” para as demais regiões do mundo e isso se reflete nos mercados financeiros, que vivem grande momento.

A agenda de Trump é clara. Aliás, com o mesmo slogan de sua primeira passagem: “make America great again”. Em outras palavras, a prioridade máxima e os “olhos” de sua equipe voltam para dentro de casa.

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Beneficiar os negócios e as empresas, revisitar termos com outras geografias que talvez estejam desbalanceados para os americanos. A diplomacia vai conduzir todos os temas, caso ela não resolva, podemos assistir taxação como uma investida de força da soberania americana.

O que podemos tirar dessa história inicial? A bolsa americana será um produto dessa agenda “pro negócio”, o dólar deve seguir firme e forte contra demais moedas, emergentes vão sofrer por natureza.

Enquanto isso, riscos inflacionários permeiam as discussões. A inteligência artificial impulsiona os EUA assim como a internet fez nos anos 90 – será que a política monetária será parecida?

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Naquela época, tínhamos um Federal Reserve ativo, com ciclos de corte, estabilidade e alta de juros muito próximos. Qualquer surpresa inflacionária ou uma queda no desemprego, pode pedir uma reação do Banco Central americano.

Se isso acontecer, para o Brasil que já sofre com juros muito elevados, será mais um vetor de pressão. Na prática, a taxa Selic terminal pode alterar por isso, já que a relação de diferencial de juros entre as duas economias mudará – podemos assistir uma taxa basal da economia acima dos 16%?

Isso o tempo dirá, mas já posso afirmar que a situação do Brasil é delicada e pode ficar ainda mais esse ano. A única boia atirada ao mar é a diversificação, especialmente internacional, e como aparentemente somos um barco à deriva, é melhor agarrar ela logo.

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Lucas Collazo

Host e conselheiro no fundo do Stock Pickers | Especialista em alocação e fundos de investimento no InfoMoney