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Urânio e transporte marítimo resistem ao crash do petróleo e mostram: melhor hedge é comprar barato

Investidor deve controlar o emocional apesar da dificuldade em se comprar um ativo em momentos de forte desvalorização
Por  Marcelo López -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

O crash nos mercados chegou com força total, mas não foi sem avisos. Já venho escrevendo sobre a situação dos mercados há vários meses e alertei a todos para o fato de que figuras como Ray Dalio, Warren Buffett e Jeff Gundlach também estavam cautelosos, para dizer o mínimo.

Também venho recomendando exposição ao ouro e metais preciosos, como um hedge contra a insanidade dos bancos centrais. E esse hedge vinha funcionando bem, até a semana retrasada. Numa sexta-feira, num dos piores pregões para as bolsas mundiais nos últimos anos, até o ouro caiu.

Muita gente se assustou com o movimento, já que o ouro também funciona como proteção contra risco. Mas o movimento não durou muito. Semana passada vimos o metal amarelo brilhar e se destacar positivamente, em frente a um mar de sangue nas bolsas.

E seria o ouro e metais preciosos o único hedge? Definitivamente não. Como já venho falando há muitos anos, a melhor maneira de se proteger contra riscos que nem podemos identificar (quem poderia imaginar que a Arábia Saudita e Rússia iriam tomar as medidas que tomaram?) é comprar barato.

Quando se compra barato, a maior parte dos riscos é eliminada. Consequentemente, o retorno é aumentado. Mas não é fácil comprar quando está tudo caindo e a mentalidade que impera é de vender. É preciso disciplina e estômago para ficar distante da multidão, mas acredito que valha a pena.

Dois exemplos que posso dar são o setor de transporte marítimo e o urânio. Com a queda absurda do petróleo, que chegou perto dos 30% em um dado momento, era de se esperar que as ações de transporte marítimo seriam trucidadas, especialmente as ligadas ao petróleo (dirty tankers e tankers). Pois foi exatamente o contrário que aconteceu. Tais ações tiveram uma excelente valorização.

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Isso, porque, como especialistas esperam que a queda nos preços do petróleo seja breve, começa a aparecer o chamado contango no mercado (quando os preços no futuro ficam mais caros que os preços à vista).

Isso abre margem para investidores e especuladores comprarem petróleo hoje, estocarem em navios (daí a grande demanda) e venderem no mercado futuro a mesma quantidade, garantindo um lucro com baixo risco no processo.

Com relação ao urânio, o preço nem se mexeu. Claro, as ações de mineradoras sofreram bastante, já que num momento de pânico a correlação tende a 1, mas o preço da commodity ficou parado.

E em breve começará mais um ciclo de contratações por parte das utilities, o que impactará diretamente as mineradoras e, no meu ponto de vista, muito positivamente. Espero um prêmio alto sobre o mercado spot e os ganhos substanciais nas posições.

Em momentos de pânico como agora, o melhor é ter a cabeça fria e poder pensar racionalmente sobre qual atitude tomar. E a hora de se proteger é antes do fato – depois do carro batido ou da casa queimada, não adianta comprar uma apólice de seguro.

Quem no mundo imaginaria há poucas semanas que estaríamos nessa situação? Eu já escrevi várias vezes sobre uma possível crise nos mercados e que é praticamente impossível tentar adivinhar aonde vão.

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Adivinhação está mais ligada a especulação que a investimento e eu não gosto de especular. Gosto de investir em teses contrarians, nas quais não há ninguém prestando atenção, existem poucos analistas e confusão. Assim, a competição é pequena e os retornos são altos.

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Marcelo López Marcelo López tem certificação CFA, é gestor de recursos na L2 Capital Partners, com MBA pelo Instituto de Empresa (Madrid, Espanha) e especialização em finanças pela principal escola de negócios da Finlândia (Helsinki School of Economics and Business Administration). Atuou como Gestor de Carteiras e de Fundos em grandes gestoras internacionais, tais como London & Capital e Gartmore Investment Management.

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