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Crise energética após inverno rigoroso no Texas mostra que só há uma solução em energia limpa: a nuclear

Eventos recentes nos mostram a falácia das chamadas energias limpas e apontam para uma solução para o futuro
Por  Marcelo López
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Essa semana fomos surpreendidos por temperaturas muito abaixo do normal até mesmo para essa época do ano em várias regiões dos EUA, com destaque para o Texas e o Tennessee. O tempo mais frio também já era marcante no Japão desde janeiro.

Curiosamente, Bill Gates, que dispensa apresentações, foi ao programa 60 Minutes dar uma longa entrevista e o Dr. Michael Burry, que ficou famoso após o livro “The Big Short” ter revelado sua clarividência e antecipação à maior crise de nossa geração, resolveu tuitar.

Mas o que esses eventos, aparentemente sem nenhuma correlação, teriam em comum? Eles nos mostram a falácia das chamadas energias limpas e apontam para uma solução para o futuro.

No Texas, no Tennessee e no Japão, em razão do frio extremos, as hélices das turbinas eólicas ficaram congeladas e impossibilitadas de produzir energia. Ironicamente, helicópteros, que consomem bastante combustível fóssil, tiveram que ser acionados para despejar soluções derivadas de petróleo, na tentativa de descongelá-las.

Algo semelhante se deu com os painéis solares, que ficaram cobertos com uma camada de gelo e, por conseguinte, tornaram-se inoperantes.

Isso a gente já esperava, afinal, essas fontes de energia teoricamente limpas não têm capacidade de fornecer a carga-base de uma rede e são intermitentes, ou seja, funcionam quando não se precisa delas, mas ficam incapazes de gerar energia suficiente quando existe demanda extraordinária.

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Isso não deveria ser surpresa para ninguém, uma vez que essas fontes energéticas cumprem o seu papel de colocar uma máscara na geração de energia, enquanto o pesado mesmo é produzido por carvão, petróleo e gás.

O que surpreendeu, especialmente no Texas, foi o fato de a distribuição de gás também ter tido problemas, o que comprometeu o funcionamento das termoelétricas do estado. Algo similar aconteceu no Japão, porém sem o drama do gás.

No Tennessee, no entanto, apesar de ter sido assolado por adversidades climáticas, a história foi bem diferente. Lá, onde mais de 40% da energia é gerada por reatores nucleares, nada aconteceu. Não houve falta de energia para ninguém, não houve problemas nos horários de pico, ninguém ficou com frio em casa por falta de aquecimento e não houve racionamento de água ou de energia.

Bill Gates, defensor da energia nuclear, na sua entrevista ao 60 Minutes, reforçou seu ponto de vista. Ao mesmo tempo, em um tweet, Dr. Michael Burry avisava sobre a única fonte de energia limpa e abundante conhecida até hoje: a nuclear. Ano passado foi a vez de Elon Musk defender o uso da energia nuclear em uma entrevista para um público alemão.

Cada vez mais personalidades estão se dando conta do óbvio e deve ser uma questão de tempo para que mais e mais pessoas comecem a enxergar o potencial dessa maravilhosa fonte de energia e isso se torne um consenso.

Essa crise energética serviu para mostrar a todos que não vamos conseguir gerar energia suficiente para suprir as crescentes necessidades do mundo sem que haja uma fonte limpa e realmente segura por trás. E a única opção segura que não polui é a nuclear.

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Vários reatores americanos podem ganhar extensões das licenças de operações em razão disso. Caso elas se concretizem, pode haver, somente nessa década, um potencial aumento no consumo de urânio na ordem de 26 milhões de libras – isso apenas nos EUA.

Para colocar esse número em perspectiva, vale lembrar que a produção da commodity ano passado foi de cerca de 120 milhões de libras, enquanto o consumo ficou na casa dos 180 milhões. Apesar da forte valorização já obtida, essa tese de investimento fica melhor a cada dia.

Marcelo López Marcelo López tem certificação CFA, é gestor de recursos na L2 Capital Partners, com MBA pelo Instituto de Empresa (Madrid, Espanha) e especialização em finanças pela principal escola de negócios da Finlândia (Helsinki School of Economics and Business Administration). Atuou como Gestor de Carteiras e de Fundos em grandes gestoras internacionais, tais como London & Capital e Gartmore Investment Management.

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