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Publicado sob a liderança da futurista Amy Webb, o relatório anual “Tech Trends 2025”, publicado pelo Future Today Strategy Group (FTSG), oferece um panorama das inovações tecnológicas que moldarão a próxima década.
Webb, reconhecida por sua atuação em cenários de futuro e estratégia, conduz uma equipe que alia pesquisa rigorosa e prospectiva para ajudar organizações a navegar um mundo em transformação acelerada.
No capítulo dedicado a “News & Information”, ela foca nos impactos das novas tecnologias sobre o jornalismo, a desinformação e os fluxos de comunicação pública.
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A era da incerteza informacional
A análise parte da constatação de que atravessamos um contexto complexo: a combinação entre inteligência artificial generativa, fragmentação das audiências e como colapsos de confiança estão desestruturando as bases da informação confiável.
O problema não é apenas tecnológico: entramos na era da “incerteza informacional”, na qual mesmo fontes antes consideradas como autoridade agora têm sua credibilidade corroída.
Simulacros de notícia e a crise da credibilidade
Esse novo cenário desafia tanto os produtores quanto os consumidores de notícias. As redações enfrentam a proliferação de “simulacros de notícia” gerados por IA, que imitam o formato jornalístico sem compromisso com a veracidade.
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O relatório alerta que, em um ecossistema em que volume supera qualidade, o conteúdo verdadeiro perde alcance e relevância. Para os usuários, esta exposição contínua reduz a capacidade de discernimento e alimenta o cinismo generalizado.
Entre os riscos identificados, está a ascensão da IA como “autoridade de fato”. Ferramentas como buscadores, assistentes virtuais e sistemas de recomendação estão sendo alimentadas por dados de origem duvidosa, muitas vezes sem mecanismos adequados de verificação ou controle de qualidade.
O usuário comum não distingue mais entre uma resposta gerada por IA e uma informação jornalística apurada. Isso cria um campo minado para a formação de opinião pública.
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O FTSG também observa que os sistemas generativos não apenas reproduzem tendências, mas amplificam vieses já presentes nos dados. Isso pode resultar na cristalização de visões distorcidas da realidade, especialmente em temas polêmicos ou sensíveis.
A desinformação, nesse contexto, deixa de ser apenas uma ameaça externa e torna-se uma materialização dos sistemas de IA mal calibrados.
Caminhos para um ecossistema informacional resiliente
Apesar do cenário desafiador, o relatório aponta caminhos propositivo. Uma das recomendações centrais é a urgência de criar ecossistemas informacionais resilientes, que combinem verificação automatizada, educação midiática e intervenção humana.
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O futuro do jornalismo, segundo Amy Webb, não está na competição com a IA, mas na articulação entre inteligência humana e artificial para garantir que a verdade continue tendo espaço no debate público.
Se os sistemas que organizam e distribuem informação continuarem sendo projetados apenas para maximizar engajamento e receita, a erosão da esfera pública será inevitável.
A urgência é estrutural e política. A forma como lidamos com a informação hoje definirá os contornos da democracia amanhã.
