Jovens investidores – como aplicar de forma inteligente

Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

A nova geração, sem dúvida alguma, está mais empreendedora. E essa nova aptidão leva ao interesse em outras áreas, como o universo dos investimentos. Cada vez mais jovens querem se informar sobre o assunto para aplicar seus recursos financeiros em busca de rendimentos maiores. Então, como fazer isso de maneira eficaz?

O primeiro argumento que dou é em relação aos objetivos. Qual o propósito da aplicação que pensa em fazer? Em meus anos de experiência como educador e terapeuta financeiro, posso dizer que dinheiro não deve ser finalidade. Uma pessoa não deve pensar em multiplicar suas finanças apenas pelo simples fato de ter mais. Sempre digo que dinheiro sem destino é alvo fácil de gastos supérfluos.

O dinheiro é um meio para se conquistar algo e, portanto, deve ser tratado como tal. Se a intenção é investir em outro negócio, fazer uma viagem ou ainda comprar um algo simples que deseja, é preciso saber o prazo em que se pretende alcançar este objetivo. Afinal, de nada adianta aplicar seus recursos em uma modalidade que oferece maior rentabilidade, mas que é indicada para ser usada em longo prazo.

Ou seja, não é inteligente buscar apenas a alternativa de mercado que rende mais. É preciso estudar a situação, os prazos, as opções e até mesmo os contratempos que possam surgir ao longo do tempo. Portanto, quanto mais definida for a finalidade e mais informações tiver a respeito, mais disciplina e foco terá para seguir com os planos e mais acertada será a decisão sobre o investimento.

Quais as opções?

Entendido isso, podemos separar alguns investimentos em categorias. Se for pensando em realizar objetivos de curtíssimo prazo, isto é, pensando em retirar o dinheiro em menos de 6 meses, a Caderneta de Poupança ainda pode ser uma boa opção (justamente por ser de fácil aderência, não incidir IR e não ter taxas adicionais), juntamente com alguns títulos do Tesouro Direto.

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Para os de médio prazo (de um a dez anos), pode-se pensar em CDB, Fundos de Investimentos e também alguns títulos do Tesouro Direto. Com uma boa pesquisa pela internet, é possível conhecer bem as opções antes de tomar qualquer atitude. Vale conversar com especialistas na área que possam auxiliar ainda mais nesse processo.

Em relação aos objetivos que tenham uma duração maior – acima de dez anos, considerados de longo prazo –, as opções passam a ser Previdência Privada, também alguns títulos do Tesouro Direto e Ações. Para esta última, é de extrema importância ser guiado por alguém que tenha experiência no assunto, a fim de que explore o máximo que puder, equilibrando o risco de acordo com o perfil do investidor e o objetivo a ser realizado.

Foco na aposentadoria!

Para finalizar, uma das questões que insisto mais para que os jovens passem a se preocupar e, principalmente, se planejar é a aposentadoria. De acordo com o IBGE, apenas 1% dos aposentados no Brasil são independentes financeiramente. Esse é um dado muito triste, mas que pode ser revertido com a conscientização cada vez mais cedo da sociedade como um todo.

Portanto, meu apelo é que tanto os jovens que estão entrando no mercado de trabalho como os que já se encontraram em suas carreiras ou negócio próprio devem dar muita importância ao investimento de longo prazo, visando à aposentadoria tranquila, sustentável e independente. Quanto antes começarem, menos esforço terão de fazer e mais facilmente atingirão seu objetivo.

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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