Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores
Recentemente, o governo anunciou que o prazo do IPI reduzido para móveis e carros será prorrogado até 31 de dezembro. Para quem estava pensando em comprar um automóvel, a notícia é boa, mas é preciso cautela.
Quando eu digo que é boa, além de gerar economia – oIPI dos carros 1.0, por exemplo, sairia de 3% para 7%; a maior alíquota, a dos carros a gasolina, motor entre 1.0 e 2.0, passaria de 10% para 13% —, oferece mais tempo para pesquisar preços e até mesmo, por que não, refletir sobre a real necessidade da compra, afinal de contas, adquirir um veículo não pode ser uma ação impulsiva.
Como educador financeiro, já conheci diversas pessoas que comprometeram drasticamente a vida financeira por conta de uma aquisição feita sem planejamento. Um carro é um bem de alto valor, além disso, por conta de sua rápida desvalorização, não é considerado um investimento.
Então, se a ideia é comprar um carro, sem dúvida nenhuma, o primeiro passo é descobrir qual a atual condição financeira: endividado, equilibrado ou poupador. Não preciso nem dizer que, quem estiver na primeira situação, não pode nem sequer pensar em comprar um carro a curto prazo. A prioridade no momento deve ser sair das dívidas e não arranjar mais uma.
Mas, ressalto: se ter um automóvel é um dos sonhos, já coloque ele nos planos, para que se tenha uma força de vontade ainda maior de quitar as dívidas e poder começar, o quanto antes, a poupar para realizá-lo.
Para as pessoas equilibradas financeiramente, o momento é de alerta, pois qualquer decisão errada pode colocar tudo a perder. Essas pessoas não possuem dívidas, mas também não poupam, o que quer dizer que não estão nada preparadas para ter um gasto desses.
A recomendação é a mesma: refletir se precisa mesmo ter um carro e, se a resposta for positiva, começar imediatamente a guardar dinheiro para a realização desse sonho de forma consciente e planejada.
Àqueles que já são poupadores, que se programaram para a compra do tão sonhado carro, parabéns! Se tiver dinheiro para adquirir à vista, a prorrogação do IPI reduzido é uma ótima notícia, visto que terá mais tempo para pesquisar preço e até para juntar mais dinheiro, podendo pagar à vista, que é sempre o melhor negócio.
Faço ainda uma ressalva quanto aos gastos. Muitas pessoas se atentam apenas ao preço do veículo — ou da parcela do financiamento, para aqueles que não compram à vista — e não contam com as despesas agregadas, que, por representarem, em média, 3% do valor do carro, são tão significavas que, muitas vezes, pesam bem mais no orçamento. São elas: manutenção, combustível, IPVA, seguro, licenciamento, lavagens e, até mesmo, possíveis multas.
Com esse panorama, pode-se perceber que não basta a notícia de um IPI reduzido ou de uma promoção/feirão — que as montadoras adoram fazer —, é preciso muito planejamento. Mas que, com educação financeira, os sonhos se tornam realidade da maneira correta.
Mais de Finanças em casa
Apenas 9% dos brasileiros conseguem pagar as despesas de início de ano
O ano já começou e para não comprometer as finanças logo em janeiro é preciso se planejar, mas diante da situação financeira atual do brasileiro, sabemos que não é simples. Prova disso é uma recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apenas 9% dos brasileiros conseguem pagar as despesas de início de ano com o que recebem.
Como potencializar o aumento do salário mínimo
Aumento concedido por Bolsonaro será de R$ 44 por mês, o que representa R$ 528 em um ano, sem considerarmos o 13º salário e as férias
Mega-Sena da Virada ou investimento: o que é melhor?
Todo fim de ano a cena se repete: filas enormes para fazer aquela "fezinha" na Mega-Sena da Virada em todas as lotéricas do país. Neste ano, o prêmio é o maior da história, sendo R$ 280 milhões, e por isso muitos apostam também a esperança de resolver, de uma vez por todas, a vida financeira.
Saúde Física x Saúde Jurídica: a importância do equilíbrio
Sempre gosto de ponderar que é preciso haver um equilíbrio em tudo o que fazemos e com a nossa saúde não poderia ser diferente. Aprofundo mais essa questão em meu livro Empreender Vitorioso com Sonhos e Lucro em Primeiro Lugar, lançado no fim de Novembro. É imprescindível dar a mesma atenção à saúde física e jurídica.
Planejamento é a chave para as contas de início de ano
Mesmo que a taxa de desemprego tenha diminuído para 11,9% no mês de setembro, ainda são 12,5 milhões de brasileiros sem trabalho de acordo com os últimos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de renda também se reflete no grande número de inadimplentes – cerca de 63 milhões, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados neste mês de novembro. Diante deste cenário preocupante, as contas típicas de início de ano das famílias, se não forem analisadas com cautela, podem causar um grande desequilíbrio no orçamento.
Conheça os caminhos para empreender de forma vitoriosa
Sabemos que a palavra “empreendedorismo“ sempre esteve muito ligada ao campo empresarial, mas ao longo do tempo percebi que o ato de empreender não se restringe apenas a isso, mas permeia todo o nosso cotidiano. É partindo deste entendimento que o meu novo livro Empreender Vitorioso com Sonhos e Lucro em Primeiro Lugar se desenvolve.
Pesquisa comprova: brasileiros ainda dependem do INSS
Quase metade dos brasileiros esperam depender apenas com os recursos da Previdência Social (INSS) para se manter na aposentadoria. É o que atesta uma pesquisa recente do Datafolha, encomendada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
13º dos aposentados: caminhos para a melhor utilização
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começam a receber a partir do dia 27 deste mês a primeira parcela do 13º salário, que corresponde a 50% do valor. Com esse dinheiro extra em mãos, muitos beneficiários podem se perguntar qual o melhor destino: quitar dívidas, consumir ou investir?
Maioria dos colaboradores brasileiros enfrentam dificuldades financeiras
Em pesquisa divulgada recentemente pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), em parceria com a Unicamp e o Instituto Axxus, revelou-se que apenas 16% dos colaboradores brasileiros são capacitados financeiramente. Já 84% dos entrevistados enfrentam dificuldades para lidar com o dinheiro, sofrem prejuízos ou não entendem de finanças.
Não deixe os juros dominarem a sua vida financeira
Nesta semana, uma pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), constatou que no ano passado as famílias brasileiras gastaram R$ 354,6 bilhões apenas com o pagamento de juros. Esse número corresponde a 10% da renda anual, superando os gastos com energia elétrica, planos de saúde e educação, por exemplo.