Dívida não é sinônimo de problema
Você já parou para pensar que estar endividado não significa exatamente que seja algo negativo? É preciso, antes de qualquer coisa, saber se está controlado ou desordenado.
Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores
Você deve ter estranhado o título, certo? O que quero dizer é que existem diversas pesquisas que mostram os altos índices de endividamento da população brasileira, no entanto, o significado de estar endividado é interpretado de forma errônea pela maior parte das pessoas, o que nos leva a ideia de que o número de endividados pode ser muito maior do que o apresentado, mas não quer dizer necessariamente que seja uma notícia tão ruim.
De forma alguma questiono os métodos das instituições que realizam as pesquisas, afinal de contas, são oficiais e de extrema importância, mas a falta de educação financeira da sociedade como um todo faz com que ocorra essa confusão. A verdade é que o endividamento não é um problema, se for controlado, ou seja, desde que se tenha consciência e se consiga arcar com os compromissos. Caso contrário, pode se tornar inadimplência, e aí sim será algo negativo.
Outro ponto que, muitas vezes, as pesquisas não levam em consideração são as pessoas que estão fora do sistema bancário. Claro que boa parte da população tem conta em banco, possui cartão de crédito, utiliza cheque pré-datado e consegue obter linhas de crédito. Mas e as pessoas que tem conta na padaria, açougue ou mercado para pagar no final do mês, ou ainda aquelas que pegam empréstimos com amigos e familiares?
Mas voltando ao assunto do significado de endividamento, se pararmos para pensar, os investidores possuem dívidas, pois comprometem o seu dinheiro – muitas vezes de forma arriscada – para alavancar seus rendimentos. Ou seja, ter dívida nem sempre é algo ruim. Quem investe em educação – seja própria ou dos filhos – por exemplo, também está assumindo um compromisso, no entanto, é algo que oferece retorno (cultural, profissional e, claro, financeiro).
Mas aí encontramos outro problema: a maior parte das pessoas não sabe ao certo com o que gasta, simplesmente chegam ao final do mês e percebem que não sobrou dinheiro algum – ou pior, seus recursos não foram suficientes e tiveram que usar o limite ou pegar algum empréstimo para cobrir as despesas. Infelizmente, viver acima do seu padrão de vida é a realidade de muita gente; isso é consequência da falta de educação financeira, em conjunto com o culto ao imediatismo e a facilidade de adquirir crédito.
Em primeiro lugar, se você tem/fará uma dívida, saiba se ela é consciente ou não; depois, analise suas finanças para saber se terá como honrá-la (para não se tornar inadimplente). Caso já tenha contraído e veja que não será possível pagar, saiba exatamente qual porcentagem dela você pode bancar sem apertar o orçamento e tente negociar com o credor. Estar ciente e respeitar a sua condição financeira e agir com consciência é o grande segredo.
Busque por palestras, livros e cursos que abordem a questão da educação financeira e descubra que, com o dinheiro que tem, é possível viver uma vida confortável e com muito mais realizações. Se tiver filhos, saiba que há escolas que oferecem programas de educação financeira desde o Ensino Infantil ao Médio. Não dê desculpas, procure um caminho para mudar sua vida e comece agora mesmo.
Mais de Finanças em casa
Apenas 9% dos brasileiros conseguem pagar as despesas de início de ano
O ano já começou e para não comprometer as finanças logo em janeiro é preciso se planejar, mas diante da situação financeira atual do brasileiro, sabemos que não é simples. Prova disso é uma recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apenas 9% dos brasileiros conseguem pagar as despesas de início de ano com o que recebem.
Como potencializar o aumento do salário mínimo
Aumento concedido por Bolsonaro será de R$ 44 por mês, o que representa R$ 528 em um ano, sem considerarmos o 13º salário e as férias
Mega-Sena da Virada ou investimento: o que é melhor?
Todo fim de ano a cena se repete: filas enormes para fazer aquela "fezinha" na Mega-Sena da Virada em todas as lotéricas do país. Neste ano, o prêmio é o maior da história, sendo R$ 280 milhões, e por isso muitos apostam também a esperança de resolver, de uma vez por todas, a vida financeira.
Saúde Física x Saúde Jurídica: a importância do equilíbrio
Sempre gosto de ponderar que é preciso haver um equilíbrio em tudo o que fazemos e com a nossa saúde não poderia ser diferente. Aprofundo mais essa questão em meu livro Empreender Vitorioso com Sonhos e Lucro em Primeiro Lugar, lançado no fim de Novembro. É imprescindível dar a mesma atenção à saúde física e jurídica.
Planejamento é a chave para as contas de início de ano
Mesmo que a taxa de desemprego tenha diminuído para 11,9% no mês de setembro, ainda são 12,5 milhões de brasileiros sem trabalho de acordo com os últimos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de renda também se reflete no grande número de inadimplentes – cerca de 63 milhões, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados neste mês de novembro. Diante deste cenário preocupante, as contas típicas de início de ano das famílias, se não forem analisadas com cautela, podem causar um grande desequilíbrio no orçamento.
Conheça os caminhos para empreender de forma vitoriosa
Sabemos que a palavra “empreendedorismo“ sempre esteve muito ligada ao campo empresarial, mas ao longo do tempo percebi que o ato de empreender não se restringe apenas a isso, mas permeia todo o nosso cotidiano. É partindo deste entendimento que o meu novo livro Empreender Vitorioso com Sonhos e Lucro em Primeiro Lugar se desenvolve.
Pesquisa comprova: brasileiros ainda dependem do INSS
Quase metade dos brasileiros esperam depender apenas com os recursos da Previdência Social (INSS) para se manter na aposentadoria. É o que atesta uma pesquisa recente do Datafolha, encomendada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
13º dos aposentados: caminhos para a melhor utilização
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começam a receber a partir do dia 27 deste mês a primeira parcela do 13º salário, que corresponde a 50% do valor. Com esse dinheiro extra em mãos, muitos beneficiários podem se perguntar qual o melhor destino: quitar dívidas, consumir ou investir?
Maioria dos colaboradores brasileiros enfrentam dificuldades financeiras
Em pesquisa divulgada recentemente pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), em parceria com a Unicamp e o Instituto Axxus, revelou-se que apenas 16% dos colaboradores brasileiros são capacitados financeiramente. Já 84% dos entrevistados enfrentam dificuldades para lidar com o dinheiro, sofrem prejuízos ou não entendem de finanças.
Não deixe os juros dominarem a sua vida financeira
Nesta semana, uma pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), constatou que no ano passado as famílias brasileiras gastaram R$ 354,6 bilhões apenas com o pagamento de juros. Esse número corresponde a 10% da renda anual, superando os gastos com energia elétrica, planos de saúde e educação, por exemplo.