Com IPI em alta, compra ou troca de carro deve ser reavaliada

O IPI para carros - que há tempos estava congelado - voltou a subir. Por isso, se estiver pensando em comprar ou trocar de veículo, é melhor repensar.
Por  Reinaldo Domingos
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Esse ano começou com algumas novidades no meio automobilístico, uma delas é o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, a outra, a obrigatoriedade de freios ABS e airbags duplo. O reflexo é direto no preço final do automóvel, encarecendo-o. Então, será que é hora de comprar?

 

Sobre o IPI, para carros populares (1.0), a alíquota passa a ser de 3%, para motores entre 1.0 e 2.0 flex, o valor passou a ser de 9% – um aumento de 2% – e os movidos somente à gasolina subiram de 8% para 10%. Aos veículo utilitários novos e usados para transporte de carga, a alta foi de 1%, chegando aos 3%.

 

Já por causa do ABS e airbag, o preço dos automóveis populares, por exemplo, deve subir de 4% a 8%, o que representa em torno de R$1 mil a R$1,5 mil. Com esses aumentos, o sonho de comprar o carro zero ou até mesmo de trocar deve ser repensado. A maioria da população não é educada financeiramente e, por isso, não se atenta a esses aspectos e acaba se tornando inadimplente, por não conseguir honrar sua dívida.

 

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É claro que o carro traz comodidade e conforto, o que o transporte público de nosso país, infelizmente, ainda não oferece, no entanto, é preciso analisar uma série de pontos importantes antes de pensar em realizar a compra ou troca, inclusive fazer um diagnóstico da vida financeira para saber se a situação permite a realização desse sonho.

 

Quando decidir comprar o automóvel, não se deve considerar como gasto mensal somente as parcelas, mas também o custo de manutenção, combustível, seguro, IPVA, DPVAT, estacionamento, lavagens e eventuais multas. Parece que não, mas essas despesas representam até mais do que a parcela do financiamento. Para ser uma ideia, o custo mensal de um carro de R$20 mil – sem contar com o financiamento – fica em torno de R$600.

 

Assim como qualquer compra – e principalmente por envolver uma quantia maior de dinheiro –, é preciso, primeiramente, se perguntar se precisa mesmo dessa aquisição. Se a resposta for sim, deve-se ter ciência da condição financeira e paciência para pesquisar preço. Educar-se financeiramente e respeitar o padrão de vida são passos básicos para não perder o controle do orçamento e realizar mais sonhos.

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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