Que tiro foi esse? (Ou a narrativa do PT)
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Na terça feira (27), a caravana do ex-presidente Lula foi alvejada por três tiros. Até agora ninguém sabe quem foi o culpado. Aliás, para a narrativa de esquerda pouco importa quem deu os tiros. De preferência, vão preferir que não achem os culpados; para, eles (petistas, psolistas e afins) escolherem um a dedo (vide caso Marielle). Certamente os culpados escolhidos serão “a direita raivosa”, “o Bolsonaro”, “ e a onda conservadora”, com coberta 24 horas de setores da imprensa. A narrativa agora será que “a direita criou um clima de ódio”, “que isso é um ensaio para um governo “Bolsonaro”, e por aí vai.
Se os petistas, com ajuda de setores da imprensa, já colocavam Lula como um perseguido político; agora, vão levá-lo à categoria de Martin Luther King tupiniquim -tudo para arrefecer a pressão popular sobre o STF, e Lula caminhar livre leve e solto. A ideia é sensibilizar principalmente a “direita limpinha” e os “isentões” de plantão.
Não se deve descartar a hipótese de que o tiro tenha vindo dos próprios grupos ligados ao PT – seja por acidente ou para se criar uma narrativa. Teoria da conspiração? Basta olhar os acontecimentos desde 2014, que chegaremos à conclusão de que o Brasil é a própria teoria da conspiração. Também não se deve descartar a hipótese do tiro ter vindo de pessoas opositoras ao PT. Em caso positivo,é claro que vão transformar o caso isolado como regra de comportamento de todo direitista.
Por fim, por mais que o evento seja lamentável, não se pode misturar as coisas: este episódio não pode contaminar a pressão sobre o STF, tampouco a prisão de Lula.
Fiquem atentos à guerra de narrativas.
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