O ano em que virei o meu jogo

Retrospectiva, conquistas dentro de campo e aprendizados que ficam para o futuro

Danilo Luiz

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O fim do ano sempre chega com um convite silencioso à retrospectiva. Não aquela feita só de números, rankings ou manchetes, mas a que a gente faz em silêncio, olhando para dentro. O que eu fui capaz de sustentar ao longo do ano? Onde cresci? Onde precisei recuar para depois avançar?

Dentro de campo, 2025 foi um ano de muitas conquistas. Algumas visíveis, outras menos óbvias, mas igualmente importantes. Ganhar, competir em alto nível, atravessar fases difíceis, voltar mais forte depois de lesões, lidar com pressão, cobrança e expectativa. O futebol segue sendo esse espaço intenso onde tudo acontece rápido demais, e talvez por isso ensine tanto sobre a vida, mesmo parecendo tão “inalcançável”…

Mas a verdade é que as maiores vitórias nem sempre aparecem no placar. Estão na constância, na disciplina diária, na capacidade de seguir fazendo o trabalho mesmo quando o reconhecimento e elogios não vem na mesma velocidade. Fora de campo, este foi um ano de consolidação. De olhar para projetos que nasceram de inquietações pessoais e perceber que eles começaram a criar raízes. A Voz Futura é um desses exemplos. Um espaço que nasceu do desejo de escutar atletas para além do desempenho esportivo, de falar sobre dinheiro, futuro, saúde mental, planejamento e escolhas, assuntos que sempre fizeram parte da nossa rotina, mas raramente ganham espaço público.

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Outro presente bacana foi poder ter este espaço e falar de finanças a partir da perspectiva de quem vive carreiras curtas, instáveis e cheias de pressão é necessário. Democratizar esse debate, mostrar erros, aprendizados e caminhos possíveis, é parte do jogo que ninguém ensinou pra gente lá atrás.

Se 2025 me ensinou algo, foi que a evolução raramente é linear. Existem avanços, recuos, pausas forçadas, mudanças de rota. E tudo bem. O importante é não perder a direção – às vezes, até mudá-la também. No futebol, a gente aprende a ler o jogo em tempo real. Na vida, esse aprendizado é ainda mais complexo, mas igualmente necessário.

Fecho o ano com gratidão. Pelas conquistas, pelas parcerias, pelas conversas que geraram impacto, pelas derrotas que ensinaram mais do que qualquer vitória fácil. E entro no próximo com menos pressa de provar e mais clareza sobre o que quero construir.

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Afinal, virar o ano não é sobre começar do zero. É sobre seguir mais consciente de quem você se tornou no caminho, com toda a experiência do que passou.

Feliz 2026!

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Danilo Luiz

Danilo Luiz é cofundador da Voz Futura, atleta de futebol profissional, jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira. Natural de Bicas, no interior de Minas Gerais, Danilo vai muito além da atuação em campo. Leitor ávido, é apaixonado por psicologia e comunicação e tem estudado temas ligados ao comportamento humano. Com a Voz Futura, o pai de João Pedro e Miguel busca inspirar as novas gerações com reflexões baseadas na sua própria experiência e com conteúdo propositivo focado em esporte, trazendo assuntos ligados também a empreendedorismo e impacto social.