Publicidade
Você sabia que pode ter, na sua carteira, uma moeda de 50 centavos que vale até R$ 1.500? Parece improvável, mas é verdade. Estamos falando da única moeda brasileira cunhada com um erro reconhecido oficialmente pela Casa da Moeda do Brasil.
O caso aconteceu em 2012, quando cerca de 40 mil moedas de 50 centavos saíram da produção com um detalhe curioso: receberam, por engano, o cunho da moeda de 5 centavos — o que fez com que ficassem conhecidas como “50 centavos sem o zero”.
No mercado numismático, essas peças já chegaram a valer até R$ 2 mil, dependendo do estado de conservação. Hoje, o valor médio gira em torno de R$ 1.200 a R$ 1.500. A razão para tamanha valorização é simples: trata-se do único erro que a Casa da Moeda admitiu publicamente, por meio de uma nota oficial.
Continua depois da publicidade

Na época, o comunicado informou que “a máxima quantidade de moedas que podem estar com o referido problema é de 40 mil unidades, o que equivale a duas horas de produção de um único equipamento”.
Colecionar moedas com erros é algo comum entre numismatas, justamente por se tratar de peças incomuns. No próprio real, existem diversos tipos de erros que tornam esse universo fascinante para colecionadores.
Como essas falhas geralmente ocorrem em pequena escala, muitas acabam passando pelo controle de qualidade e chegam ao mercado, aumentando consideravelmente o valor das peças.
Continua depois da publicidade
Entre os erros mais conhecidos estão:
- Boné – quando a cunhagem é feita de forma descentralizada;

- Dupla batida – quando o cunho acerta a moeda duas vezes por engano;

- Reverso invertido – quando o verso é cunhado na posição contrária

Essas anomalias não são novidade. Elas aparecem em moedas de diferentes épocas, processos de fabricação e até em países com equipamentos de cunhagem modernos. O caso da moeda de 50 centavos “sem o zero” se tornou famoso no Brasil por ser um exemplo clássico de moeda “híbrida” ou “mula”, que é quando uma peça recebe o cunho destinado a outro valor.