O papel libertador da educação financeira em períodos de juros altos

É hora de buscar informação, entender melhor o funcionamento do mercado e conhecer as opções mais vantajosas, adequadas ao perfil de cada investidor

Daniel Demétrio

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A recente elevação da Selic para 14,75% ao ano — um aumento de 0,5 ponto percentual, anunciado pelo Banco Central na última quarta-feira (07) — não é exatamente uma boa notícia para a maioria da população. Trata-se do maior índice em vinte anos. Juros altos encarecem o crédito, desestimulam o consumo e inibem investimentos. No entanto, esse “remédio amargo” é uma medida necessária para conter um problema ainda mais grave: a inflação, que corrói o poder de compra e impacta diretamente o dia a dia das famílias brasileiras.

Sob a ótica das estratégias de alocação, a alta da Selic pode representar uma oportunidade para quem tem dinheiro investido. Com a taxa básica de juros em alta, aumentam os rendimentos de aplicações atreladas a ela — como o Tesouro Direto e outros investimentos de renda fixa. Isso significa que seu dinheiro pode render mais, desde que esteja bem alocado.

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Nesse sentido, vale o alerta: é hora de buscar informação, entender melhor o funcionamento do mercado e conhecer as opções mais vantajosas, adequadas ao perfil de cada investidor. Hoje, temos um leque variado de possibilidades de investimento, acessíveis inclusive para quem está começando com pouco. Por outro lado, é inegável que o cenário exige cautela. A palavra-chave é Educação Financeira. Não existe solução mágica, mas sim planejamento.

Evitar dívidas neste momento é uma atitude das mais prudentes. Com os juros nas alturas, qualquer débito pode crescer rapidamente e virar uma bola de neve. Antes de pensar em consumo ou em crédito, é preciso estruturar o orçamento doméstico. Com uma simples planilha ou aplicativo, é possível visualizar a realidade financeira e tomar decisões mais conscientes. O consumo por impulso é uma das principais fontes de desorganização financeira das pessoas.

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Diversos estudos apontam o dinheiro como uma das principais fontes de ansiedade e estresse mental. Educação Financeira alivia esse fardo. Mais do que aprender a investir, trata-se de adotar uma mentalidade saudável e próspera em relação ao uso do dinheiro. É por isso que esse conhecimento precisa ser difundido desde cedo — nas escolas, nas comunidades e nos lares — como política pública. Educação Financeira liberta, protege e tem impacto social real. Permite que as pessoas possam atingir os seus sonhos!

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Daniel Demétrio

Sócio-fundador da M7 Investimentos