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Além da COP26: por que precisamos salvar nossos oceanos?

O que há décadas parecia ser um leve sussurro, hoje, é um grito por socorro: nossos oceanos estão sufocados
Por  David Schurmann
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Durante a COP26, o debate central foi em torno das mudanças climáticas e a emissão de carbono na atmosfera, temas em que os oceanos têm uma importância fundamental. Mas tal importância parece ter sido “esquecida” em muitos dos debates. Mas não por nós!

Às vésperas de completar 90 anos, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, se iluminou de azul e abraçou a Voz dos Oceanos. Menos de um mês depois, o Farol da Barra, o recém-inaugurado Elevador do Taboão e o Elevador Lacerda, em Salvador, também refletem a cor do mar.

O efeito estético adotado em importantes monumentos brasileiros, que também se destacam no cenário internacional, é um alerta de urgência: precisamos salvar nossos oceanos!

Essa preocupação levou a Família Schurmann a criar e liderar a Voz dos Oceanos, um projeto que busca transformar a situação crítica dos oceanos por meio de uma série de iniciativas.

Poucos meses após meu nascimento, meus pais tiveram sua primeira experiência em um veleiro. Quando eu completei dez anos, eles, meus irmãos e eu trocamos a terra firme pela vida a bordo.

Em 37 anos de aventuras, nossa conexão com o Planeta Água tornou-se, naturalmente, visceral e nossos sentidos, mais sensíveis aos sinais da natureza. E o que há décadas parecia ser um leve sussurro, hoje, é um grito por socorro.

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Nossos oceanos estão sufocados. E esse não é um problema restrito ao ambiente marinho. Cientistas estimam que entre 50% e 80% do oxigênio do mundo seja produzido pelos oceanos, por meio de algas.

Ou seja, nossos oceanos são o verdadeiro pulmão do mundo. Mas esse pulmão está perdendo força e, assim, comprometendo o ar da Terra.

Como cidadãos, empresários ou governantes, precisamos assumir nossa responsabilidade e reconhecer que não existe outro planeta.

Na era do ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), executivos de indústrias e empresas de diferentes portes têm a chance de embarcar numa onda revolucionária, repensando sua responsabilidade para com o planeta.

Precisamos rever nossas emissões, sejam elas o carbono que emitimos ou os resíduos que geramos em larga escala. Muitos de nós, consumidores, já estamos repensando nossos hábitos de consumo. Mas como líderes, precisamos ir além.

Nesse complexo desafio, existe um ponto que demanda extrema atenção: o plástico. Essa matéria não orgânica, que jamais será absorvida pelo meio ambiente após ser descartada, se torna o micro e eventualmente o nano plástico, sem jamais “desaparecer”.

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Essas partículas tão pequenas cobrem as algas, impedindo-as de exercerem seu papel de produtoras de oxigênio. Além dos danos gigantescos para a fauna marinha, temos que considerar a sua entrada na cadeia alimentar. Sim, já estamos ingerindo o plástico.

Precisamos repensar, inovar e redesenhar o papel desse material na sociedade. Isso inclui o plástico nas embalagens, além de seu transporte e sua forma de descarte.

Além dos líderes empresariais, precisamos também dos gestores públicos para juntos repensarmos como reaproveitar os resíduos e minimizar o descarte, seja ele para aterros, rios ou mares.

O perigo e suas consequências já são conhecidos. Por isso, precisamos mudar a narrativa para que ela se transforme em uma de colaboração e otimismo na busca por soluções.

Gosto de fazer um paralelo: no mar, quando vem a tempestade, mantemos a serenidade e enfrentamos juntos os desafios, para sairmos do outro lado mais forte e resilientes. É com esse espírito que nasceu a Voz dos Oceanos.

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Com muita clareza e objetividade, nós da Família Schurmann criamos e lideramos essa iniciativa do Brasil para o mundo, buscando impactar e, principalmente, transformar a situação dos oceanos. Nosso propósito na busca de soluções é coletivo, envolve cientistas, ambientalistas, empreendedores, líderes de grandes empresas a ONGs e gestores públicos, pessoas! Gente comprometida com essa transformação.

A primeira ação está se dando por meio de uma expedição, que partiu em agosto de 2021 rumo a 63 pontos do planeta – entre eles, Rio de Janeiro e Salvador, com suas intervenções urbanas – para testemunhar e registrar, in loco, o que está acontecendo nos oceanos e, acima de tudo, buscar soluções inovadoras.

Nos primeiros dois meses da Voz dos Oceanos, já encontramos jovens brasileiros com invenções premiadas internacionalmente; ativistas criativos impulsionando a economia circular; representantes municipais debatendo e repensando a gestão de resíduos, entre outros impactos positivos que reforçam: não estamos sós!

Dessa forma, esperamos ampliar a conscientização e motivar as pessoas ao redor do mundo para que mergulhem na adoção de ações transformadoras urgentes.

Como uma plataforma ESG, já contamos a bordo da Voz dos Oceanos com importantes parceiros, como a ONU, por meio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a fundação holandesa Plastic Soup Foundation, além de marcas como Natura Kaiak, Corona (Ambev), Faber Castell e Sabesp.

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Ao içar as velas rumo a esse desafio, convidamos novos parceiros, apoiadores e financiadores para se unirem a nós e juntos embarcarmos nessa jornada para salvar nossos oceanos.

Seja você também a Voz dos Oceanos!

David Schurmann CEO da Voz dos Oceanos

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