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Após o rally recente da Bolsa, qual é o melhor investimento a ser feito?

A Bolsa, que iniciou o ano a 43.000 pontos, já se encontra acima de 50.000 pontos, enquanto o câmbio saiu de R$ 3,96 para R$ 3,65; o que fazer agora com seu dinheiro?
Por  Equipe InfoMoney
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O preço dos ativos brasileiros mudaram bastante desde o início do ano. A bolsa, que iniciou o ano a 43.000 pontos, já se encontra acima de 50.000 pontos, enquanto o câmbio saiu de R$ 3,96 para R$ 3,65. O juro futuro de longo prazo, por sua vez, saiu de 16,62% ao ano para 13,78% ao ano.  

A pergunta que todos gostariam de ter a resposta é, se esse rally é sustentável e, qual é o melhor ativo para se investir daqui pra frente?

Desde meados de fevereiro, acontecimentos importantes tanto no mercado internacional quanto no local foram responsáveis por essa grande melhora nos mercados. No mercado internacional, a mudança de postura por parte do banco central americano de postergar as altas de juros alterou a dinâmica de valorização do dólar principalmente contra os países emergentes. A China também contribuiu para a melhora do ambiente global com medidas de estímulo fiscal que ajudaram na alta das commodities. No mercado local, a probabilidade do impeachment aumentou com o avanço das investigações da Lava Jato. Se confirmado o desembarque do PMDB, a probabilidade será altíssima de caminharmos para uma mudança de governo.

O momento atual é muito mais delicado do que o que vivenciamos durante a eleição presidencial em 2014 onde o cenário estava muito polarizado. Caso o impeachment fracasse, o governo atual ficará cada vez mais isolado e sem força para implementar as reformas necessárias para o país sair da direção do abismo. Os preços da bolsa, do juro e do câmbio serão fortemente impactados. Um governo Temer também não seria garantia de uma união nacional para votarmos as reformas estruturais. A assimetria atual é muito mais perigosa, por isso a importância de investir no ativo que sofrerá menos se não tivermos uma mudança de rumo.

O investidor tem que estar ciente de que não estamos passando por um choque de confiança como vivenciamos em 2002 com o medo da esquerda assumir o país. O Brasil está enfrentando uma mudança permanente de crescimento junto com um desequilíbrio fiscal enorme que trará muitos desafios à frente. A população enfrentará anos de ajuste e de empobrecimento para corrigir os excessos que foram feitos esses anos e, para nos adaptarmos, a um novo mundo de preços das commodities bem mais baixos.

Uma taxa de câmbio mais desvalorizada será fundamental pra ajudar no crescimento econômico. Um real abaixo de R$ 3,50 pode prejudicar a retomada da economia. Um equilíbrio menor de crescimento vai continuar afetando o resultado das empresas o que deve prejudicar um rally mais consistente da bolsa daqui pra frente. Já o mercado de juros, nesse ambiente de baixo crescimento, deve se beneficiar em ambos os cenários. Posições em taxas pré-fixadas ao redor de 14% ao ano apresentam um risco/retorno melhor do que a compra de bolsa ou do câmbio.

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Os investidores que não têm tempo para acompanhar as constantes mudanças de cenário devem terceirizar o investimento a uma equipe dedicada e preparada para capturar o melhor investimento no momento através dos fundos de investimentos.  

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Luiz Eduardo Portella é sócio-gestor do Modal Asset Management
E-mail: lportella@modal.com.br

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