MRV Completa 35 Anos

De início, preciso mencionar o fato de que a nossa empresa situa-se, hoje, entre as maiores construtoras imobiliárias do mundo e, além disso, detém duas posições importantíssimas no cenário nacional: a de ter se transformado na empresa que mais construiu imóveis residenciais no Brasil, em todos os tempos e, também, naquela que reúne atualmente a maior “expertise” para edificação de habitações econômicas no país.
Por  Rubens Menin
info_outline

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Hoje é uma data muito importante para a nossa construtora e para todos os que estão ou já estiveram associados às atividades e aos objetivos da companhia. De fato, a MRV estará completando 35 anos de profícua existência e colhendo os resultados de muito esforço, trabalho, perseverança, disciplina, planejamento cuidadoso, continuada inovação tecnológica nos processos de produção e de gestão, crença nos princípios de responsabilidade socioambiental, de respeito a todos os seus “stakeholders” e de conduta ética. Tudo isso é motivo suficiente para muita comemoração e eu não poderia deixar de destacar, neste blog, o transcurso da data.

De início, preciso mencionar o fato de que a nossa empresa situa-se, hoje, entre as maiores construtoras imobiliárias do mundo e, além disso, detém duas posições importantíssimas no cenário nacional: a de ter se transformado na empresa que mais construiu imóveis residenciais no Brasil, em todos os tempos e, também, naquela que reúne atualmente a maior “expertise” para edificação de habitações econômicas no país. Desde a sua fundação até os dias atuais, a construtora escreveu a sua própria história, sendo que muitas dessas páginas coincidiram com crises ou épocas de dificuldades enfrentadas pelo conjunto da economia nacional. No entanto, cada página de dificuldade foi seguida por outra de superação, conforme atestam a nossa posição atual e o crescimento continuado da empresa no período.

Em minha opinião – que expresso na condição privilegiada de quem comandou o empreendimento ao longo de todos os 35 anos desta história – esses resultados de êxito empresarial não aconteceram por acaso. Com efeito, boa parte desse êxito – senão a sua totalidade – resultou da adoção de alguns princípios especiais de organização e gestão, que perseguimos obstinadamente. Sempre acreditamos em um propósito e em um método, ambos prioritários e inegociáveis. O propósito era o de nos constituirmos, com o tempo, em uma construtora com o porte, a competência e os meios necessários para exercer o papel de agente de transformação, focado na mitigação do déficit habitacional brasileiro. O método consistiu na opção inarredável da busca do crescimento orgânico, ou seja, aquele propiciado pelo incremento paulatino da capacidade e dos negócios existentes no âmbito interno da própria construtora, sem o recurso usual da compra de empresas concorrentes ou parceiras. Esse método garantiu a solidez e a estabilidade da construtora ao longo do seu processo de crescimento, além da manutenção do foco. Tudo o mais decorreu da observação firme desse propósito e desse método.

A ética nos negócios e na relação com os nossos públicos internos e externos foi um resultado natural da adoção dessas disposições. Passamos a contar, em dimensões progressivamente maiores ao longo do tempo, com um grupo coeso de colaboradores e fornecedores, entusiasmados com os nossos desafios e com os nossos métodos de busca das soluções, todos compartilhando os princípios básicos da construtora e transformando-se em parceiros internos na busca dos mesmos objetivos gerais. Atualmente, temos um conjunto de cerca de 300 colaboradores engajados na função de multiplicadores dos valores da MRV, constituindo o chamado “núcleo duro” do processo de disseminação dos nossos métodos e princípios. Além disso, o modelo de gestão implantado há mais de 18 anos inclui, também, a cultura do “partnership”, em que os executivos e colaboradores da MRV passaram a ser acionistas da construtora, e nessa condição, comprometidos com o êxito e com os objetivos gerais da companhia.

Embora quase óbvio, eu não poderia concluir essa referência comemorativa sem mencionar o detalhe de que esse mesmo projeto coletivo e compartilhado por todos é a raiz de muitos dos aspectos que nos distinguem favoravelmente do cenário atual, especialmente no que concerne à busca continuada de melhoria dos métodos de produção e da qualidade final dos produtos que a construtora oferece a seus clientes. Afinal, faz parte do propósito básico a expansão sustentável da construtora em outro período de 35 anos e em quantos mais forem possíveis no futuro. Esse é o conceito contido na idéia de empreendimento permanente. 

Compartilhe

Mais de Blog do Rubens Menin

Blog do Rubens Menin

Você Pode Mudar o Futuro

Se existe, hoje, uma certeza largamente majoritária no espírito dos brasileiros, ela é, sem qualquer dúvida, a de que o Brasil precisa mudar. E mudar rápido. Gerações antes de nós – e mesmo a nossa própria – cresceram iludidas com a idéia de que o Brasil seria o país do futuro, ainda que, no presente de cada época, as coisas não corressem tão bem quanto todos gostariam.
Blog do Rubens Menin

Propósito

No mês de maio passado, tive a chance de participar de um extraordinário curso (Executive Program) na Singularity University, organização acadêmica estrategicamente localizada no Vale do Silício, na Califórnia. Já há algum tempo, eu vinha acompanhando o desempenho dessa Universidade, interessado no experimento educacional da instituição fundada pelo icônico Raymond Kurzweil, Diretor de Engenharia da Google e referência mundial para assuntos ligados à Inteligência Artificial. Agora, aparecendo a oportunidade, fui beber diretamente naquela fonte de conhecimentos. Por maiores que fossem as minhas expectativas, a experiência ainda conseguiu superá-las. Não apenas pelos instigantes conceitos do avanço exponencial da tecnologia e o conseqüente alcance próximo dos instantes e eventos característicos da disrupção (mudança completa de paradigmas), como também pelo impacto que isso já vem produzindo – e que produzirá ainda mais, em acelerada progressão – na vida das pessoas e no ambiente das empresas. Além disso, tive a alegria de descobrir os fundamentos acadêmicos para muitas das práticas empresariais adotadas intuitivamente pela MRV. É essa alegria e são essas descobertas que pretendo compartilhar resumidamente, neste tópico, com os eventuais interessados.
Blog do Rubens Menin

Viva a Diversidade!

Somos o país dos desperdícios. Mais do que isso: não sabemos tirar proveito das coisas boas que temos, principalmente quando elas nos foram dadas de presente pela natureza, pelo acaso ou pela história. Muitas vezes, não tiramos proveito delas porque simplesmente não as identificamos e nem as reconhecemos como coisas valiosas. Outras vezes, até chegamos a enxergar o seu valor ou o seu potencial, mas não conseguimos nos organizar para conviver com muitas dessas riquezas e, quase sempre, defendemos idéias atrasadas ou métodos equivocados para considerá-las.
Blog do Rubens Menin

Uma Decisão Estratégica

No próximo dia 18, o Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro reunirá os seus 467 membros para uma decisão estratégica. Tão importante, que eu, como atleticano apaixonado e como empresário obrigado pela função a considerar, permanentemente e de forma objetiva, o futuro no planejamento de cada empreendimento, ouso arriscar que esta será a decisão de maior relevância na história do clube. Os conselheiros decidirão se o Galo levará adiante ou não o projeto de implantação de seu próprio estádio, a Arena MRV. Mas, estarão decidindo muito mais do que isso. Os conselheiros decidirão, principalmente, se o Atlético estará ou não entre o limitado número de agremiações consolidadas no – cada vez mais exigente –  cenário futebolístico nacional e mundial.   
Blog do Rubens Menin

Reforma da Previdência

A Reforma da Previdência voltou a ser o assunto do dia, embora ela nunca tivesse perdido a importância, mesmo quando eclipsada por episódios políticos cobertos pela imprensa com mais sensacionalismo. Na realidade, a nação precisa encarar esse desafio de frente, equilibrar o sistema e garantir a sua perenidade antes que a ruína se torne inevitável.
Blog do Rubens Menin

Uma Omissão Imperdoável

O empresariado brasileiro é composto, em sua grande maioria, por lideranças responsáveis e comprometidas com os princípios da ética e da cidadania que fazem prosperar uma nação.  Por isso, seria natural que essa parcela preponderante – isoladamente ou por meio das entidades de classe – se manifestasse em todas as oportunidades em que esse padrão de comportamento deixasse de ser observado em alguma ocasião especial, por qualquer agente importante.
Blog do Rubens Menin

O Indispensável Estado de Direito

Os constituintes de 1988 tiveram o cuidado de destacar na nossa Carta Magna as assim chamadas “cláusulas pétreas“, ou seja, os dispositivos permanentes que não podem ser eliminados ou substancialmente alterados, nem mesmo por Emenda Constitucional, ainda que esta venha a tramitar regularmente no Congresso Nacional.
Blog do Rubens Menin

Operação Carne Fraca: Lições e Reflexões

Quando se preparavam para encerrar mais uma semana nesta atribulada temporada, os brasileiros foram surpreendidos pelas notícias de uma mega operação deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, na última sexta-feira, sob o codinome de “Carne Fraca“. 
Blog do Rubens Menin

Renda Per Capita Líquida

O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão – acaba de divulgar os resultados principais das contas nacionais do exercício de 2016, quais sejam, o PIB – Produto Nacional Bruto e seus derivados diretos. O PIB, na realidade, corresponde à soma de todas as riquezas produzidas dentro do território nacional (desconsiderados os recebimentos recebidos do e as remessas enviadas para o exterior). 
Blog do Rubens Menin

2017 vem aí!

É fácil aferir o sentimento dos brasileiros acerca do ano que está terminando. À medida que se aproxima o dia da virada de exercício, as manifestações, íntimas ou públicas, da grande maioria dos nossos patrícios só variam na forma ou no adjetivo de qualificação, mas, em geral, quase todas convergem para uma constatação fortemente depreciativa: vai-se embora um ano que não deixa saudades! De fato, foi um ano em que vivemos turbulências políticas e desastres econômicos sucessivos, que acabaram por produzir uma crise sem precedentes na história da nossa República. Negócios (novos e antigos) foram por água abaixo, setores produtivos inteiros desestruturaram-se, capitais evaporaram ou foram procurar outras plagas, um enorme contingente de brasileiros foi lançado no desemprego, famílias passaram a conviver com o opressivo fantasma da inadimplência, sonhos foram desfeitos e a maior parte da nossa sociedade passou a ostentar uma expressão comum de desalento, insegurança e apreensão.