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O 2020 das moedas programáveis – o ano de DEFI, stablecoins e CBDC

Olhando para 2021, também teremos os NFTs (non-fungible tokens) como uma das funcionalidades promissoras para uso de Blockchain
Por  Gustavo Cunha -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

2020 certamente será lembrado como sendo o ano da pandemia de Covid-19, mas muito mais do que isso aconteceu neste ano. Houve uma imensidão de testes feitos com o objetivo de tornar o mercado financeiro mais ágil, global, individualizado e descentralizado.

Muitos desses projetos foram colocados sob a alcunha de DEFI (descentralized finance). Alguns deles ficaram para a história, como foi o caso do Yam.finance. Já outros cresceram e se consolidaram em seus setores de atuação, como Uniswap, Compound e Aave.

Todos esses testes foram importantíssimos para mostrar ao mundo modelos de negócios que oferecem soluções melhores do que as atuais, sem que haja um comprometimento em termos de segurança, privacidade, custos, entre outros fatores.

Vamos pegar a Uniswap como exemplo. Por meio da sua solução, é possível trocar qualquer crypto que esteja dentro da rede da Ethereum por outra da mesma rede de maneira fácil, direta e a custo baixo.

É um modelo de exchange de crypto descentralizada (DEX). Não é preciso fazer cadastro e mandar documentos, por exemplo.

Além de criar um incomodo às exchanges de cripto centralizadas, ela traz um modelo que pode ir bem além, possibilitando que qualquer ativo tokenizado possa ser trocado por outro da mesma maneira.

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Tem muita coisa boa, mas, para os olhos da regulação, há desafios importantes, inclusive no âmbito de lavagem de dinheiro e combate ao terrorismo. Mas nada que a meu ver não seja endereçado em breve.

A Uniswap funciona de forma descentralizada, através de um mecanismo de AMM (sigla para “Automated Market Makers”) que gerencia a quantidade de cada token, de forma a obter o preço de mercado entre os dois ativos.

É uma solução engenhosa que viabiliza a troca de ativos entre pessoas de forma descentralizada ao mesmo tempo que ajusta o preço de mercado entre os ativos.

Para se ter uma ideia da magnitude disso, o valor de mercado da Uniswap hoje já está em quase US$ 1 bilhão e a empresa tem nos seus protocolos (pools de liquidez, como são chamados) mais de US$ 1,5 bilhão depositados entre os inúmeros tokens da rede Ethereum.

Outro protocolo de grande sucesso é o Maker que, por meio de mecanismos de pools de liquidez, viabiliza de forma descentralizada depósitos de crypto para criação da stablecoin DAI.

Por meio do Maker também é possível receber algo muito próximo do que conhecemos como “juros”.

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O Maker fecha 2020 com um valor de mercado de US$ 500 milhões e um valor alocado no seu protocolo superior a US$ 2,5 bilhões.

Compound, AAVE, Synthetix, Sushiswap e Curve também são exemplos de protocolos de DEFI que solucionaram de maneira eficaz e descentralizada alguns processos tradicionais do mercado financeiro que envolvem derivativos, empréstimos, investimentos e trocas de ativos.

O DEFI foi o setor de destaque do mundo crypto em 2020, mas tamanho sucesso não teria sido possível se não fosse pelas stablecoins, em especial o Tether e a USDC.

O total de Tether emitido passou de cerca de US$ 4 bilhões no início de 2020 para mais de US$ 20 bilhões no final do ano, sendo ela hoje a terceira maior crypto em valor de mercado e a crypto mais negociada, tendo volumes negociados superiores ao do Bitcoin, a crypto mais famosa e que fica em segundo lugar.

Quanto ao USDC, seu volume emitido saiu de USD 500 milhões para USD 3.5 bilhões o que já a coloca entre as 11 maiores cryptos do mercado.

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O crescimento das stablecoins está intimamente ligado ao crescimento do DEFI. As stablecoins trazem para o mundo crypto a representatividade das moedas fiduciárias, com seu aspecto de estabilidade e segurança que facilitam a ponte entre o mundo tradicional e o mundo crypto.

A simbiose entre esses dois universos deve continuar a ser a grande impulsionadora desse mercado em 2021.

Correndo por fora (alguns diriam “correndo atrás do prejuízo”), vêm os Bancos Centrais com seus estudos e experimentos com CBDCs.

Embora alguns Bancos Centrais menores já tenham em produção suas CDBCs (Bahamas, por exemplo), entre os grandes, temos a Suécia e a China na dianteira.

Enquanto a China já fez alguns testes públicos, inclusive testando funcionalidades como colocar prazo para uso do dinheiro emitido, juros negativos e destruição de moedas via tokens, na Suécia o desenvolvimento ainda está na fase interna e pouco houve se ouve sobre testes que envolvam a população ou sobre o modelo final. Em ambos os países, o primeiro semestre de 2021 deve trazer novidades.

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Olhando para 2021, também teremos os NFTs (non-fungible tokens) como uma das funcionalidades promissoras para uso de Blockchain. NFTs já são utilizados nos Games e têm os Cryptocatties como seu mais famoso exemplo. Já está na hora deles seguirem para outros casos de uso e, 2021 parece estar propicio para isso.

Gostou? Algum ponto que não considerei? Me diga o que achou.

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Gustavo Cunha Autor do livro A tokenização do Dinheiro, fundador da Fintrender.com, profissional com mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro tradicional, tendo sido diretor do Rabobank no Brasil e mais de oito anos de atuação em inovação (majoritariamente cripto e blockchain)

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