
SÃO PAULO – Preocupado com as agressões sofridas pelo fotógrafo Beto Novaes, do Estado de Minas, o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais pediu a abertura de investigação sobre o caso, segundo informações do Estado de S. Paulo. O requerimento será passado à Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual.
Novaes, conhecido pela semelhança física com o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, cobria a manifestação do dia 12 de abril quando foi agredido com empurrões e até com um chute na coxa por um grupo de manifestantes.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Kerison Lopes, qualificou a agressão como o “ápice da irracionalidade”. Ele disse que já solicitou também uma audiência na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa para tratar do caso.
Já o Estado de Minas repudiou a agressão e disse que ela fere o direito constitucional de liberdade de expressão.
Do outro lado, Daniel Dayrell, coordenador do movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores das manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), afirmou que não foram integrantes do seu grupo que agrediram o fotógrafo. De acordo com ele, a coordenação do movimento não compactua com a violência e tem como política excluir dele as pessoas que tenham este tipo de comportamento.