Promoção? Ação da B2W cai forte na quinta e assume espírito da Black Friday

Será que os papéis das duas companhias vão manter o ritmo de desconto e caíram no dia em que as principais redes de varejo farão grandes promoções?
Por  Rodrigo Tolotti
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SÃO PAULO – Esta sexta-feira (29) marca o dia conhecido como Black Friday, onde grandes redes varejistas colocam praticamente todos os seus produtos com preços muito abaixo dos praticados normalmente. Apesar do evento ter começado apenas na meia-noite da quinta para a sexta, muitas lojas começaram a colocar produtos em promoção ainda antes, como a Submarino, da B2W Varejo (BTOW3).

A ação da maior empresa de varejo online do Brasil parece ter entrado no ritmo da Black Friday na última quinta-feira, vendo suas ações dentro da bolsa “entrarem em promoção” e caírem 4,05% – liderando a ponta negativa do Ibovespa -, cotadas a R$ 14,20. Sua controladora, a Lojas Americanas (LAME4), já não se animou muito com as promoções e seus papéis caíram apenas 0,50%, a R$ 15,87.

Vale destacar que este evento, apesar de disparar as vendas das companhias de varejo, também é marcado por preços abaixo do normal visando limpar os estoques antes do natal, ou seja, as vendas altas podem não compensar os preços praticados, dando prejuízo para as companhias.

Além disso, no último ano, a Black Friday no Brasil foi marcada por muitas reclamações de consumidores, que viram os sites das lojas travarem e problemas com as entregas. Porém, o que mais ganhou o noticiário em 2012 foram as promoções “de mentira”, com muitos consumidores afirmando que as lojas estavam fingindo os descontos, é o chamado “metade do dobro do preço”. 

A Black Friday surgiu nos EUA, onde ela ocorre sempre na última sexta-feira de novembro, sempre após o feriado do Dia de Ação de Graças. Algumas pessoas dizem que o termo surgiu nos anos 60, quando a polícia chamava esse dia dessa forma por causa dos congestionamentos e da grande quantidade de pessoas nas ruas devido ao início das compras de natal.

Por lá, praticamente todas as lojas aderem ao evento, sendo que na internet, a gigante Amazon realiza promoções durante toda a semana que antecede a Black Friday. Entre os estabelecimentos físicos, as filas começam a se formar um dia antes para as pessoas buscando os preços sem limite de desconto.

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Como será o evento deste ano? Será que os sites brasileiros terão a enxurrada de reclamações como no ano passado? Será que os preços dos produtos realmente valerão a pena? E as ações das empresas? B2W e Lojas Americanas vão continuar em queda ou não vão aderir ao Black Friday?

Rodrigo Tolotti Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.

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