
SÃO PAULO – Não é apenas a habilidade de gestão dos presidentes que influenciam os resultados e valores de mercados de suas empresas. A aparência física também pode estar no comando. Um estudo recente dos economistas Joseph T. Halford e Hung-Chia Hsu, da Universidade de Wisconson, apontou que os CEOs (Chief Executive Officers) mais atraentes têm mais valor na bolsa.
Os pesquisados analisaram 67 empresas do S&P 500 – um dos principais índices acionários dos Estados Unidos – e comprovaram que o grau de atração de seus presidentes, medido pela geometria facial de cada um deles, faz a diferença. O levantamento reforçou a tese de que os investidores estão mais propensos a comprar ações de empresas dirigidas por executivos atraentes. Um dado curioso citado na pesquisa é que os melhores resultados aparecem em dias em que os presidentes da empresa aparecem em notícias de televisão.
Para ilustrar o levantamento, eles citaram a Marissa Mayer, que assumiu o cargo de CEO do Yahoo! em 2012 após 13 anos de carreira no Google, e conseguiu o que poucos acreditavam: desde que chegou, as ações da empresa saíram de US$ 17,00 para US$ 41,21 (cotação desta sexta-feira, 10) – valorização de 142,4%. Na época em que assumiu, a empresa de internet enfrentava uma grave crise. De lá para cá, muita coisa mudou dentro da companhia, incluindo o home office, que foi abolido numa medida bastante polêmica. De acordo com os economistas, Marissa obteve o índice de atração de 8,45 (de 10) e é uma pessoa com a melhor aparência da amostra colhida para o estudo.
E no Brasil, esse estudo teria o mesmo resultado? Confira os CEOs das 10 maiores empresas do Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, e o desempenho das respectivas ações nos últimos 12 meses, até o dia 10 de janeiro:
1°) João Castro Neves, da Ambev (ABEV3, -0,42%)
2°) Maria das Graças Foster, da Petrobras (PETR3, -24,32%; PETR4, -16,18%)
3°) Murilo Ferreira, da Vale (VALE3, -19,24%; VALE5, -21,49%)
4°) Roberto Setúbal, do Itaú Unibanco (ITUB4, +1,39%)
5°) Luiz Trabuco, do Bradesco (BBDC4, -16,98%)
6°) Aldemir Bendine, do Banco do Brasil (BBAS3, -4,56%)
7°) Jesús Zabalza, do Santander Brasil (SANB11, -10,06%)
8°) Rômulo Dias, da Cielo (CIEL3, +52,44%)
9°) Antonio Carlos Valente, da Telefônica Brasil (VIVT4, +2,14%)
10°) Claudio Galeazzi, da BRF (BRFS3, -0,32%)