A OGX mudou de nome? Só falta avisar para a própria empresa

Esotérico, não é difícil de pensar que Eike Batista tenha pensado na mudança de nome para "espantar o azar" que tem circulado na empresa, sobretudo no campo de Tubarão Azul
Por  Felipe Moreno
info_outline

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

SÃO PAULO – A OGX não é mais OGX! Agora é OG Participações. Ou não. A empresa aprovou a mudança de nome e agora se chama Óleo e Gás Participações. Mas falta avisar a empresa: até agora, o nome antigo está em todos os lugares, no ticker da empresa (OGXP3), no site, nas notícias sobre, na assessoria de imprensa.

Ainda não houve um comunicado oficial a respeito – apenas foi comunicado na ata da reunião do dia 6. E mesmo essa ata, que trata da mudança do nome, veio com o nome antigo da companhia, com o logo antigo (não que exista um novo, até agora). No site da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o nome já foi trocado em alguns lugares. Nos sub-menus ainda exibe-se o nome OGX.

No site da OGX, não é diferente – nenhuma mudança nos últimos dias e, embora o logo não apareça na página de entrada, várias menções ao nome antigo e nenhuma ao nome novo. Além disso, a empresa já soltou dois comunicados desde então e nenhum deles apresentou o nome novo. 

Esotérico, não é difícil de pensar que Eike Batista tenha pensado na mudança de nome para “espantar o azar” que tem circulado na empresa, sobretudo no campo de Tubarão Azul. Estranho, então, pensar que a produção de Tubarão Martelo começou com o azarado novo nome – ninguém quer que se repita o fiasco que foi Tubarão Azul. 

Embora o nome seja o menor dos detalhes da OGX (ou OG) e alguns acionistas sejam contra a mudança de nome, que acarretaria em alguns custos com as devidas mudanças, isso mostra o quão “em suspense” estão as coisas dentro da empresa, que está em recuperação judicial. A própria menção de que a empresa em recuperação judicial.

A celeridade com que as outras empresas “X” que mudaram de nome tiveram para mudar a identidade também chama atenção. Mais cedo no ano, a MPX Energia se tornou Eneva (ENEV3) com uma velocidade impressionante após a venda para a E.On: assim que o novo nome foi aprovado, a empresa já tinha um site novo já estruturado e de cara nova, os comunicados levavam o novo nome e um anúncio em uma revista de circulação nacional já estava pronto e pago. Inclusive, a revista em que o anúncio em que se anunciava a Eneva já havia sido impressa na hora da reunião. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por sua vez, a LLX Logística (LLXL3), agora Prumo Logística Global, fez na mesma velocidade. Nesta semana, logo após a aprovação do novo nome, o site já estava completamente reestruturado. O comunicado que tratava do novo nome já veio com as cores da empresa (laranja e preto, no lugar do verde claro e branco da LLX) e com a nova designação. Embora ainda não tenha mudado o ticker da ação, ele deverá ser alterado assim que a CVM permitir. Velocidade que falta para a OGX na mudança de nome. 

Compartilhe

Mais de Blog da redação