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Ibovespa mais promissor para o próximo trimestre

Será que poderemos estar diante de uma reversão de tendência no curto prazo? O mercado seria capaz de contrariar o consenso e partir para uma pequena reversão de tendência no curto prazo? Confira
Por  Raphael Figueredo
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Lá se vai o primeiro trimestre do ano e a angustia em relação às perspectivas sobre nossa economia continuam. Com o Ibovespa subindo apenas 2,29%, não está nada difícil entender que a atual situação do mercado ainda é extremamente desafiadora. O vai e vem de toda a questão política, a denúncia de corrupção na Petrobras, a possibilidade de um downgrade, o fortalecimento do dólar e o povo nas ruas foram um dos ingredientes especiais que deram o gosto da volatilidade e a falta de direção na bolsa. Uma situação caótica já anunciada pelo preço, que não vê uma tendência de alta desde o final de 2010.

As orientações sobre o mercado entraram em consenso e nunca foi tão fácil indicar os erros sobre as políticas do governo adotadas no passado, que culminaram em um plano de ajuste fiscal para o presente. A economia passará por ajustes e os preços também. Por isso, sob a ótica do investidor, não é mais permitido falar mais sobre o passado, o que move os preços são as perspectivas. Vamos falar do futuro.

O Índice Bovespa, apesar da fase de consolidação, nos dá alguns sinais de sustentação, o que já é ótimo para este momento devido ao noticiário tão massacrado. A bolsa não renovou mínimas do ano passado, ainda que os movimentos tenham sido tímidos, porque o mercado não ganhou amplitude. O rompimento do canal de baixa (tendência secundária) com origem em setembro de 2014 foi a primeira formação técnica que contradisse todo o pessimismo apontado no início deste artigo. Os topos e fundos, que antes eram descendentes, já não são mais e isso faz com que a perspectiva também mude a partir de novas confirmações.

O mês de março foi o mês da mudança gráfica, pois além do rompimento do canal de baixa nunca se viu tanto capital estrangeiro entrando na bolsa. Atrelado a isto, passamos a observar que o índice está respeitando os suportes mais relevantes com pontos que coincidem com as retrações de Fibonacci. Os fundos já são ascendentes, mas ainda há uma confirmação muito importante para ser feita que é o rompimento da resistência (máxima do ano) nos 52.457 pontos, onde um novo modelo de tendência de alta entrará em curso e mudança de cenário se estabelece.

O gráfico semanal do Ibovespa

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A grande saída para uma análise mais apurada sobre um mercado em consolidação é aumentar o tempo gráfico. O semanal do Ibovespa nos reserva uma série de pequenas coincidências e eventos técnicos que trazem uma perspectiva mais favorável no curto prazo. A sequência de padrões de fundo dado por candlesticks no forte suporte pelos 46.138 pontos refletem imediatamente uma rejeição do preço nesta área. Além disso, há um “super” Fibonacci de 61,8%. Ele é “super” porque é medido pela mínima da crise de 2008 até o ponto mais alto (máxima) de 2010. É o ponto mais forte dos últimos quatro anos. Outra observação importante é que neste mesmo “super” suporte passa uma média móvel exponencial de 610 períodos (MMe610). Destaco que esta média móvel serviu de suporte para TODAS as crises já vivida e identificadas no Ibovespa.

O Ibovespa indexado pelo Dólar

É uma prática comum olhar o Ibovespa sob a ótica do investidor internacional. Com a disparada do dólar, o mercado conseguiu voltar aos níveis da crise de 2008 testando o forte suporte nos 15.000 pontos (Ibovespa em dólar). O mais surpreendente é a divergência de fundo dado pelo saldo de volume chamado OBV (On Balance Volume). Enquanto os fundos são descendentes no gráfico de preços, o indicador OBV é ascendente, e esta é uma forte evidência de mudança de posicionamento do mercado. Tal divergência não pode afirmar uma reversão dos preços, mas certamente sinaliza alguma troca de mão mais profunda e uma confirmação de teste de suporte de grande relevância do ponto de vista dos gringos – a crise Subprime 2008.

Conclusão

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As evidências gráficas são reflexo do comportamento dos investidores atuantes do mercado. É a resultante de todas as forças atuantes. Não temos a pretensão de descobrir o futuro, mas sim rastrear o fluxo e seguir conforme a tendência manda. O rompimento dos 52.457 pontos deverá iniciar um pequeno ciclo de alta com projeção inicial nos 56.000 pontos. Este rompimento será o sinal mais claro de compra desde o “rally eleitoral”.

A única razão para não acreditarmos na evolução desta nova tendência de alta é o mercado não romper a resistência citada e voltar para abaixo do fundo anterior nos 47.900 pontos. Neste cenário, você pode pegar tudo que está escrito acima e jogar no lixo.

Este artigo me faz lembrar de Hamphrey B. Neill, na sua primeira publicação sobre a “Teoria da opinião contrária” diz: “When everybody thinks alike, everyone is likely to be wrong” (Quando todos pensam da mesma forma é provável que todo mundo esteja errado).

Para mim, o consenso, se já não estiver muito próximo, já chegou.

Raphael Figueredo.

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