Pagamento invisível
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Pagamento Invisível foi o nome atribuído aos sistemas de pagamento em que o consumidor não precisa utilizar dinheiro em espécie ou cartão físico para efetuar uma compra.
É claro que, em um primeiro momento, é necessário cadastrar os dados bancários ou o número do cartão de crédito para fazer uso dos serviços. Mas, uma vez realizado o primeiro procedimento, as próximas compras podem ser realizadas sem que haja a necessidade de informar novamente os mesmos dados.
O sistema de débito automático é o irmão mais velho do Pagamento Invisível. Basta cadastrar, por exemplo, a conta de energia elétrica ou a conta de água no banco e, havendo fundo e conformidade com os critérios previamente definidos pelo correntista, a conta é paga.
Com o avanço da tecnologia, novos sistemas de Pagamento Invisível vêm aparecendo. O interessante é que a operação financeira ocorre de forma indireta.
É possível pedir comida por meio do celular e quem recebe o seu pagamento não é o restaurante, mas a empresa que disponibiliza o aplicativo. O mesmo acontece com o uso de aplicativo para transporte.
Não é preciso informar qualquer dado pessoal ou número de cartão, eles estão previamente cadastrados e o consumidor pode utilizar os serviços confortavelmente, sem se preocupar com o pagamento.
É possível também pagar pedágio, estacionamento e encher o tanque de combustível do carro sem se incomodar em portar dinheiro em espécie, cartão de plástico ou qualquer dispositivo com sistema por aproximação. A cobrança é automática, não demandando uma ação por parte do consumidor.
O PIX está funcionando a todo vapor e o Banco Central já revelou novas aplicações, com possibilidade de operação sem conexão à internet. Transfere-se o dinheiro a qualquer hora do dia, de forma muito simples e garantida. Em menos de cinco segundos identifica-se o dinheiro transferido, sem possibilidade de a operação ser revertida, a não ser que, em breve, pelo novo mecanismo anunciado pelo Banco Central, haja indícios de fraude.
O comércio também está se mobilizando e as lojas autônomas estão começando a aparecer. O aplicativo reconhece o consumidor por meio de câmeras e sensores e realiza a cobrança automaticamente, sem filas no caixa.
Com a Internet das Coisas, os sistemas farão as compras por nós. A despensa da casa deve administrar o estoque mínimo previamente cadastrado, buscar as melhores ofertas e fazer o pedido ao fornecedor para a reposição, sem que haja a necessidade de intervenção humana.
A grande vantagem é a praticidade, rapidez e a boa experiência de compra que traz para o consumidor. No entanto, exige disciplina financeira porque, se não houver uma boa administração do dinheiro, a probabilidade de tornar-se inadimplente aumenta consideravelmente.
Talvez os sistemas tragam inteligência artificial, com modelos matemáticos pré-programados para tomarem as melhores decisões financeiras. Nesse caso, a vontade de consumir será barrada por uma máquina. Os computadores passarão a impor limites aos humanos.
Ainda assim, os sistemas deverão questionar se essa é a vontade do usuário e, para tomar uma decisão inteligente, o consumidor precisará estar financeiramente educado.