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Procura-se um economista que apoie a candidatura de Donald Trump

O Wall Street Journal foi atrás de 45 economistas que serviram em um dos maiores conselhos de economia do mundo e nenhum deles disse apoiar o candidato republicano
Por  Rodrigo Tolotti
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SÃO PAULO – Donald Trump é um dos nomes mais controversos da política atual, e apesar de ter força na corrida presidencial desde ano nos Estados Unidos, seu apoio entre os economistas não é lá dos melhores.

O The Wall Street Journal procurou todos os 45 economistas ainda vivos que serviram no CEA (Council of Economic Advisers) sob os últimos oito presidentes americanos, chegando até Nixon. O CEA é responsável por aconselhar o presidente e é considerado uma das maiores honras que um economista pode ter quando segue uma carreira pública.

Entre os 17 republicanos nomeados que responderam a perguntas da publicação, nenhum disse apoiar Trump. Seis disseram não apoiar o candidato e 11 se recusaram a responder. Outros seis economistas não responderam às tentativas de contato. Entre os 21 democratas que responderam ao WSJ, 14 disseram apoiar Hillary, nenhum disse se opor a ela e sete recusaram a dizer. Um nomeado democrata não respondeu às mensagens.

E a opinião deles não são nada positivas. “Eu conheci pessoalmente cada presidente Republicano desde Richard Nixon,” disse Martin Feldstein, professor em Harvard que presidiu o CEA de Ronald Reagan. “Todos eles tinham uma compreensão real da economia e de assuntos internacionais… Donald Trump não tem essa compreensão e não parece estar preocupado com isso. Isso por si só o desqualifica na minha opinião”.

Por outro lado, a maioria dos economistas democratas mostrou grande apoio em a Hillary. “Eu acredito que ela é a candidata mais qualificada em termos de temperamento, inteligência, liderança e políticas”, disse a economista Christina Romer, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, e que presidiu o conselho de Barack Obama.

O conselho de três membros, que foi criado após a Segunda Guerra Mundial, aconselha o presidente sobre a política econômica. Alan Greenspan, Ben Bernanke e Janet Yellen já estiveram na presidência do conselho e mais tarde acabaram no Federal Reserve.

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O jornal também foi atrás de Richard Schmalensee, decano emérito na Sloan School of Management do MIT e membro do conselho sob o presidente George H. W. Bush. Segundo ele, para Trump ter seu apoio, ele “teria que mudar muitas de suas posições e o seu caráter”. Schmalensee disse que pretende votar em Hillary, assim como Matthew Slaughter, reitor da Tuck School of Business da Dartmouth College, que foi membro do conselho de George W. Bush.

Rodrigo Tolotti Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.

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