Cielo divulga lucro de R$ 812 milhões no trimestre, queda de 20%

Receita líquida operacional veio em linha com a expectativa do mercado  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A Cielo (CIEL3) divulgou nesta terça-feira (30) o balanço referente às operações do terceiro trimestre de 2018. O lucro líquido da maior empresa de meios de pagamento do país atingiu R$ 812,8 milhões no período – queda de significativos 20,4% com relação ao mesmo período de 2017.

Em linha com a expectativa do mercado, a receita líquida operacional chegou a R$ 2,96 bilhões – analistas consultados pela Bloomberg estimavam R$ 2,97 bilhões. A variação foi de apenas 1,1% com relação ao terceiro trimestre de 2017.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) veio abaixo do esperado: R$ 1,15 bilhão, frente estimativa de R$ 1,28 bilhões. No mesmo período do ano passado, este indicador veio em R$ 1,3 bilhão – houve, portanto, queda de 11,2%.

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Houve aumento significativo nas despesas com marketing na comparação com o mesmo período de 2017 (R$ 67,2 milhões ante R$ 55,2 milhões, variação de 21,7%). Segundo a Cielo, esse aumento “está substancialmente relacionado aos investimentos com campanhas de marketing, lançamento de novos produtos e ações comerciais”.

Vale lembrar que a competição enfrentada pela fabricante de maquininhas está cada vez mais intensa. Novos entrantes, como PagSeguro, Stone e GetNet (agora parte do Santander), foram responsáveis por uma perda de fatia no mercado de 53,7% em 2014 para 51,5% atualmente. Boa parte dos gastos com marketing vêm no sentido de neutralizar a competição e aumentar a base de clientes.

Também foram destacados gastos relacionados “à contratação de consultorias especializadas de suporte ao negócio”.

As despesas gerais e administrativas fecharam o trimestre em R$ 6,2 milhões, aumento de 69,5% ante os R$ 3,7 milhões gastos pela mesma área no ano passado. O aumento com relação ao segundo trimestre de 2018 também foi relevante: 34,1%.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney