Você já está sobrecarregado e vem mais trabalho pela frente: é indicado recusar?

De acordo com especialista, profissional deve, na verdade, tentar encontrar soluções; já o líder deve ter noção ao delegar

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Quando chega o final do ano, começa seu desespero. É nessa época que bate aquele cansaço em quem correu o ano inteiro para poder entregar tudo o que era solicitado. Mesmo assim, às vezes, é preciso fazer o trabalho de dois, já que o colega da equipe tirou férias.

Sem contar o trabalho que precisa ficar adiantado para os dias em que ficará ausente, como o Natal e o Ano Novo. Diante de tudo isso, já bate aquele desespero. Será que vai dar tempo de terminar tudo? São tantas atividades… E, como se não bastasse, o chefe chega à sua mesa e pede mais atividades.

Nessa hora, bate aquela vontade de simplesmente dizer “não, não tem como eu fazer isso para você”. Mas será que essa é a melhor atitude a tomar?

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O melhor é não dizer não

De acordo com a sócia-diretora da Fellipelli Instrumentos de Diagnóstico e Desenvolvimento Organizacional, Adriana Fellipelli, recusar de primeira não é a melhor solução. “Tente colocar uma solução, ver se alguém pode contribuir com a atividade, algum expert no assunto, por exemplo”.

Outra solução pode ser fazer um mutirão para atender a toda a demanda. Se as pessoas ficam no escritório das oito da manhã às seis da tarde, escolher um dia para poder lidar com as atividades extras de final de ano.

Outra dica: “As pessoas não costumam fazer, mas o bom é compartilhar com o chefe o que ele já passou”, orientou a sócia-diretora. “Porque, às vezes, nem o chefe sabe o que colocou para o profissional”. Questione qual atividade deve ser priorizada, porque se entrou mais uma em sua lista, outra deverá ser deixada para trás.

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E a liderança…

O líder deve ter em mente qual a condição de cada pessoa, para poder passar as atividades sem sobrecarregar ninguém. “Sobrecarregar é uma coisa muito peculiar. Há profissionais que precisam de mais suporte, para que façam com mais rapidez”, explicou Adriana.

“O líder tem de saber para quem vai entregar a atividade. Será que se eu passar este trabalho extra ele vai conseguir me entregar?”, disse o headhunter e presidente da Junto Fast Recruitment, Ricardo Nogueira, sobre a indagação que o chefe deve fazer.

De acordo com Nogueira, se isso não for feito, equipes e empresas saem frustradas, por não terem dado conta da demanda de trabalho do final do ano. Nada pior para começar 2009!