Videogame e carreira profissional: qual a relação entre ambos?

Para consultor, prática do videogame pode difundir, de maneira acelerada, conceitos como estratégia e competitividade

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SÃO PAULO – No final dos anos 70 até meados da década de 80, o videogame, tanto o produzido nos Estados Unidos como no Japão, “estourou” em vendas e passou a render horas de diversão aos curiosos espalhados pelo mundo.

Desde então, muita coisa mudou, e não foram apenas gráficos e jogos, a inserção de novos consoles no mercado ou do próprio aparelho de celular. Pouco mais de 20 anos após o “boom inicial” dos games, seus criadores provavelmente não imaginariam que as invenções seriam, tão logo, úteis para assuntos bem mais profundos na vida de seus jogadores. Um exemplo, a carreira profissional.

O produtor Danilo Froes, 32, se encaixa nesse grupo. Dividindo seu tempo entre o trabalho e os projetos de sua especialização profissional, Froes ainda encontra ânimo para jogar videogame. Segundo ele, a prática contribui para o avanço de sua carreira. “Lido muito com o inglês no meu trabalho e o game me ajuda muito, já que os jogos, em sua maioria, estão na língua inglesa. Além disso, exercito a minha rapidez nas tomadas de decisão”, afirma o produtor.

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Comportamento
Na avaliação do coordenador de consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Samuel Artus, a prática do videogame pode difundir, de maneira acelerada, conceitos como estratégia e competitividade nas pessoas.

“Ao jogar, você desenvolve exercícios de criatividade, organização e, principalmente, estratégia e concentração. Acima de tudo, o jogo permite simular diversos cenários e situações. O usuário conta com a possibilidade de corrigir os erros ao longo do percurso”, afirma Artus.

Segundo o especialista, muitas empresas já utilizam simulações virtuais na rotina de seus colaboradores. Tratam-se de “jogos sérios”, games que testam decisões e atitudes de seus jogadores, com o objetivo de ampliar as respostas cognitivas. 

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Outros jogos importantes, na opinião de Artus, são aqueles destinados à simulação da vida. De funcionamento simples, o jogador passa a controlar todas as funções, entre pessoais e profissionais, de um personagem. Para o consultor, esses games ajudam na administração do tempo e auxiliam na organização diária das tarefas.

Funcionalidades
Para a estudante Júlia Contrucci, 21, jogar videogame a ajudou a pensar “fora da caixa”, sobretudo nas questões que envolvem o ambiente de trabalho.

“Acho que o jorro de adrenalina que temos ao jogar videogame dura um certo tempo em nosso organismo. O que é ótimo, pois me sinto, de certa forma, mais confiante para tomar certos riscos e atitudes que em outro momento não tomaria”, afirma a estudante.

“Outra questão que eu acredito que sofra influência e contribua muito: pensamento lógico. Acho que os jogos de estratégia ajudam nossos reflexos e nosso pensamento lógico, e quando chego em alguma encruzilhada no serviço, tenho uma solução para apresentar mais facilmente”, completa Júlia.