Verdade ou mito? Saiba por que alguns ditados podem prejudicar a sua carreira

Mensagens populares podem comprometer, de forma consciente ou não, o futuro de muitos profissionais

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Atingir o sucesso profissional nem sempre pode ser uma tarefa fácil, mas acredite, conquistar seu objetivo pode ser ainda mais complicado se você for daquelas pessoas que adoram um dito popular. Pois é, ao que parece, nem sempre todo o ditado costuma impactar positivamente uma carreira, e isso, por mais positivo que o mesmo possa parecer.

A explicação da consultora de Recursos Humanos, Maria Bernadete Pupo, para essa questão é simples: alguns ditos populares podem transmitir uma mensagem irreal que, se seguida por um trabalhador, pode prejudicá-lo em suas metas profissionais.

“O insucesso de um indivíduo pode estar relacionado às crenças que o mesmo adotou, de forma consciente ou não, em toda sua vida. Quando os pensamentos são limitantes, esse profissional pode vir a perceber o mundo segundo as suas próprias experiências e não como a vida realmente é”, explica.

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Os ditados
Parece complicado? Então vamos descomplicar. Sabe aquele ditado que diz que “é preciso trabalhar duro para se conseguir dinheiro suficiente para se viver?”. Pois bem! Agora me diga: você realmente acha que isso é verdade, que todas as pessoas que possuem dinheiro trabalharam duro para isso? Certamente não.

Por essa razão, fica mais fácil entender porque nem sempre seguir um dito popular faz sentido. “Essas crenças podem ser formadas tanto na infância quanto na adolescência e, conforme as experiências vividas por uma pessoa em sua fase adulta, elas podem aumentar”, explica Maria Bernardete, que cita ainda outros exemplos que não se adequam mais à nossa realidade como o dito que “sem sofrimento não há ganho” e o que “leva-se tempo para alcançar o sucesso”.

“Se isso fosse verdade mesmo, como se explicaria o fato do Neymar [jogador do Santos] ser tão jovem e ter sucesso? E aqueles trainees que já começam em grandes empresas assumindo muitas responsabilidades?”, questiona a consultora.

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O problema
E é aí que mora o problema, afinal, ao tomar tais palavras como uma verdade absoluta, o profissional acaba limitando a própria carreira. “Mesmo que ele não queira, ao acreditar em tais ditados o trabalhador muda sua atitude”, esclarece Maria Bernardete, que explica que ainda hoje é muito comum encontrar adultos que afirmam “não conseguir” algo ou “não poder” realizar uma tarefa justamente por uma crença limitante.

Reverta o quadro
Para reverter esse quadro, uma boa dica é que os profissionais que se virem em tal situação comecem a pensar no benefícios que uma mudança de atitude pode trazer para a própria carreira.

“Um coach pode ser uma boa solução para isso, já que o mesmo poderá realizar perguntas que ajudarão na autoavaliação de um trabalhador”, orienta a consultora.

Já na ausência de tal profissional, uma boa recomendação é se questionar por quais razões não consegue um emprego melhor ou mesmo quais os pensamentos mais frequentes que possui de autocritica e autojulgamento. “Esse é o caminho para a transformação. Ao questionar as razões que levam um indivíduo a julgar os outros, o profissional poderá descobrir o que ele pensa de si mesmo”, diz Maria Bernadete.

Segundo ela, os julgamentos normalmente revelam aspectos que um indivíduo gostaria de ter e não possui. “A pessoa tem que parar de achar que não pode fazer algo e superar suas crenças. Para isso, é essencial que ela saiba quais são suas fragilidades primeiro”, conclui a especialista.