Veja o perfil de cinco tipos de CEO

CEOs são ambiciosos, sociáveis e inteligentes. Mas precisam ser menos arrogantes, diz estudo

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Ser ambicioso, competitivo, sociável, focado e criativo. Essas são algumas das tantas características que diferenciam um CEO (Chief Executive Officer) para um profissional comum, apontou uma pesquisa feita na Nova Zelândia pela Hogan Assessments que revelou os diferentes perfis, qualidade e defeitos de um dos executivos mais poderosos da hierarquia corporativa.

O sócio-diretor da Ateliê RH, empresa representante da Hogan Assessments no Brasil, Roberto Santos diz que CEOs não são iguais aos gestores. “São muito mais ambiciosos, competitivos e confiantes do que qualquer outro profissional. São focados em obter resultados e, obviamente, gostam de estar no poder, de ter status e de estar no topo”, explica Santos. Ainda de acordo com o executivo, esses diretores são completamente voltados ao trabalho e são mais sérios que divertidos. “Eles são praticamente a representação da palavra foco”.

Perfis de um CEO
Mas, quais são as características que distinguem os perfis desses presidentes? A pesquisa também classificou algumas “tribos” dos CEOs, ou seja, grupos de executivos que se assemelham por seus comportamentos. Confira:

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Os “Alfas”
Os CEOs “Alfa” são caracterizados por um alto nível de energia e ambição e são mais dinâmicos. Eles têm as características clássicas de um líder – são interessados em resultados, status, hierarquia e pelas atividades comerciais de base da empresa. Também são bastante criativos e inclinados ao risco. Esse grupo também possui características que fazem com que sejam pessoas de fácil acesso, inspiradores e hábeis na formação de alianças.

Os “Cérebros”
A principal característica desses líderes é sua inteligência acima da média. Se os Alfas tiveram uma grande contribuição do seu carisma e foco para chegar à liderança, os “Cérebros” chegaram lá por serem mais espertos e por serem especialistas em seu campo.

Confiantes e bem comportados, são menos interessados em poder e posição que os Alfas e mais atraídos por questões técnicas e comerciais. São bem analíticos e focados. Algumas pessoas tendem a ter a imagem de que esses líderes são tecnocratas.

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Os “Pragmáticos”
Esses CEOs costumam ser práticos, bastante realistas em suas visões e até um pouco duros. São menos sociáveis e mais reservados, e são pouco suscetíveis aos sentimentos das outras pessoas, a hesitações ou a indefinição quanto a um número de possibilidades.

Eles não costumam ficar paralisados sem conseguir tomar uma decisão, mas também não escolhem um caminho a seguir de forma precipitada. São sensíveis e não gostam de se arriscar. Não são carismáticos como os Alfas e podem ser considerados pessoas difíceis.

Pontos negativos
Além de diferenciar os perfis dos CEOs, a pesquisa mostra os principais fatores que podem atrapalhar a carreira destes executivos. De maneira geral, a pesquisa identificou dois comportamentos que os tiram dos trilhos do sucesso:

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Os “Arrogantes”
Pessoas que se destaca pela arrogância e, ao mesmo tempo, pelo carisma. Chamados de “líderes natos” por algumas pessoas, eles têm muita energia para o trabalho. Entretanto, em situações em que se sentem ameaçadas, revelam seu pior lado: esperam admiração e sucesso em tudo o que fazem. Se suas expectativas não são alcançadas explodem em reações narcisistas. O excesso de autoconfiança conduz essas pessoas à recusa em aceitar seus fracassos e erros, tornando difícil o aprendizado, além de sobrar culpa para quem estiver por perto.

Ainda que esses CEOs atraiam muitas pessoas – afinal, gostam de testar limites e aceitar riscos, por outro lado, o time tende, com o tempo, a se cansar deles. Esses executivos têm dificuldade em gerenciar o seu tempo, constantemente sobrecarregam seu staff e tomam atalhos.

Os “Melodramáticos”
Esperam sempre ser o centro das atenções e são bons em chamar atenção sobre si mesmos. Eles têm um bom perfil para carreiras que pedem uma intensa exposição pública com talentos para a dramaturgia aplicada. Entretanto, esses profissionais também são péssimos ouvintes, impulsivos e imprevisíveis; como gestores acabam não dando espaço para seu pessoal brilhar, pois os holofotes precisam tem apenas um foco – sua grandiosidade.

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Como CEOs, esses profissionais tendem a ser bastante carismáticos, e gostam de ser o centro das atenções. No viés negativo, são descritos como péssimos gestores de pessoas, por exercerem grande pressão na equipe.