Veja condutas profissionais consideradas “normais”, mas que, no fundo, são antiéticas

Segundo autora de livro "Ética no Ambiente de Trabalho", Maria Cristina, a ética é bem flexível e pessoal

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Para a autora do livro “Ética no Ambiente de Trabalho” (Editora Campus-Elsevier), Márcia Cristina Gonçalves de Souza, a ética é bem flexível e pessoal, contudo, há condutas profissionais aceitas como “normais” que podem ser facilmente classificadas como antiéticas, causando estresse e desmotivação na equipe.

“Imagine a seguinte situação: você é assessor direto do presidente da empresa e, um dia, ele chega chateado e desabafa que terá de fechar uma unidade da companhia. Mas essa filial é justamente a que a sua irmã trabalha, ou seja, fatalmente, ela ficará desempregada. Dias depois, ela liga contando que seus colegas de trabalho estão prevendo demissão e pergunta se você tem alguma informação a respeito disso. Qual é a sua posição? Você será ético com seu chefe e não revelará nada ou será ético com sua amiga lhe contando a confissão? Este é um exemplo da flexibilidade da ética”.

Condutas antiéticas

Entretanto, Márcia ressalta que há determinadas atitudes profissionais que não podem ser classificadas no exemplo acima e, por isso, fazem parte das condutas antiéticas.

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A vaidade profissional, para a autora, é uma das condutas mais antiéticas. “Imagine isso: depois de muito esforço e competência técnica, você subiu de cargo. Ao ser muito elogiado, seu ego foi às alturas e você decidiu que a sua opinião, a partir de agora, é soberana, ou seja, por saber tudo, não há necessidade de escutar os colegas. Cuidado! Sempre tem alguém que sabe algo diferenciado e que pode lhe ajudar, por isso, não se isole, consulte sempre a sua equipe, mesmo que grande parte dela ainda esteja em um cargo inferior ao seu”.

Assédio moral

A autora lembra também dos casos de assédio moral que podem acontecer com muita frequência no dia a dia de trabalho.

“O assédio moral se caracteriza por uma atitude repetitiva, partindo desse pressuposto, quando o seu chefe lhe solicita muitas tarefas com um prazo impossível de cumprí-las, durante vários dias. Essa é uma conduta antiética do seu líder”.

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Entre colegas

Para finalizar, Márcia destaca aqueles funcionários que acham que seu conhecimento e suas informações são a chave para manter o emprego.

“Esses profissionais são aqueles que dominam as suas funções, mas não gostam de ensiná-las para nenhum colega de equipe. E, para completar, nas suas férias, ele adianta tudo para ninguém fazer. Isso claramente é uma conduta antiética e precisa ser mudada”.