Vai para uma empresa de família? Seja profissional e mantenha seu emprego

Ao presenciar uma discussão familiar, faça vista grossa e não deixe seus interesses profissionais serem abalados

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Diferentemente das empresas de grande porte, as microempresas familiares costumam receber um profissional como mais um integrante da família. Entretanto, por mais vantajosa que possa parecer esta relação de proximidade com seu chefe, é importante saber separar as coisas, afinal, profissionalismo costuma ser a única característica capaz de salvar um emprego em uma situação delicada.

Por isso, antes de estreitar os laços na empresa em que atua, pense bem nas consequências, principalmente se perceber que o ambiente promete brigas e discussões calorosas de família.

“Em uma pequena empresa familiar, o profissional até pode presenciar um conflito, mas ele precisa agir com profissionalismo e lembrar-se de que aquela não é a família dele e que a discussão em questão não lhe diz respeito”, diz o professor do curso de Administração da Trevisan Escola de Negócios, Walter Lerner.

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Para ele, a briga em si não deve afetar os interesses do profissional, que precisa ser ótimo no que faz para conquistar os donos da empresa.

O melhor dos melhores
Lembrando que laços de confiança à parte, profissionalismo é apenas um dos itens que um gestor de uma pequena empresa espera de um contratado: ele quer o melhor entre os melhores.

“Em uma pequena empresa, o líder espera um profissional que seja ótimo no que faz e ainda seja amigo da família. Se o profissional for ótimo e não simpatizar com os membros da família, ele não terá futuro no grupo”, afirma Lerner.

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Por essa razão, a recomendação é que o contratado de uma pequena empresa que quiser crescer profissionalmente procure não apenas valorizar seus melhores atributos profissionais, mas também se mantenha fora dos conflitos pessoais da família para a qual trabalha.

Comporte-se!
Outra recomendação para quem quiser crescer em uma pequena empresa refere-se ao próprio comportamento. Pois é, para manter o emprego, evite as explosões.

“O profissional que convive em um ambiente de conflito precisa ser pacificador, querer a paz e não a guerra. Se ele não tiver essa capacidade e for o primeiro a entrar na briga, é bom que tenha consciência de que quem costuma quebrar a cara primeiro após uma discussão não costuma ser as pessoas da família”, alerta Lerner.

De acordo com o professor, os trabalhadores destas empresas precisam ter uma psicologia especial para tratar os membros de família sem afrontá-los diretamente, para que, assim, eles não se sintam ameaçados ou confrontados.

Valores em foco
Nem toda relação costuma dar certo, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Por isso, não se surpreenda se perceber que, um dia, sua experiência profissional em determinada empresa não foi tão promissora quanto esperava.

“Existem profissionais confiáveis e profissionais cujos princípios não são tão bons, assim como ocorrem com as famílias, que nem sempre possuem valores considerados apropriados. Se um bom profissional encontrar uma família de princípios, a relação certamente será positiva, do contrário, não”, informa Lerner.

Segundo ele, tudo dependerá do que “combina e do que não combina”.