Universitários deixam país em busca de emprego; prática requer reflexão

Segundo estudo, outra realidade preocupante é que eles têm caído na informalidade no mercado de trabalho brasileiro

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – De acordo com pesquisa realizada pelo professor do Instituto de Economia (IE) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Márcio Pochmann, cerca de 120 mil universitários saem do Brasil, a cada ano, em busca de um emprego. Somente em 2006, eles transferiram US$ 9 milhões do Brasil para o exterior.

De acordo com o professor, isso mostra uma fuga de cérebros. “Atualmente, cerca de quatro milhões de brasileiros tentam a vida no exterior”, disse o professor.

Cuidados ao viajar

Mas quem pretende aderir a esta prática deve tomar muito cuidado. Os universitários devem ter em mente que nem sempre será possível executar aquilo que aprendeu no ensino superior em outro país. Diante disso, será que vale a pena ir para o exterior? A resposta depende de seus objetivos profissionais.

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Se quer aprender um outro idioma, ter uma experiência de vida e ainda ganhar um dinheiro extra, esta pode ser uma boa alternativa. Mas nada de se arriscar nesta aventura sem antes planejar ou, então, poderá querer voltar para o Brasil, sem trazer nada de profissionalmente relevante na bagagem.

Informalidade

Um outro dado da pesquisa mostra uma realidade preocupante: não há mais diferença no nível de escolaridade dos trabalhadores formais e informais no meio urbano brasileiro. Enquanto em 1985, a média de anos de estudo era 5,6, em 2005 este número passou para 8,2.

Além disso, o ingresso de pessoas com mais de 11 anos de estudo nas atividades informais é crescente. Jovens recém-formados nas universidades aumentam a participação neste mercado.

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“Nada menos que um terço dos trabalhadores atualmente na informalidade é formado por universitários, que atuam como free lancers, consultores ou estagiários. Isso é uma tendência”, disse o professor.