Publicidade
SÃO PAULO – Muitos jovens brasileiros são pressionados, internamente ou pelos familiares, a entrar cedo na faculdade. Com isso, acabam escolhendo uma instituição que, com o passar do tempo, começa a não agradar mais. Ou então, pior do que isso, o aluno gosta da faculdade, mas não conta com recursos para arcar com ela.
“Existe aquela pressa em passar na faculdade, uma cobrança da sociedade. E passar em uma instituição concorrida exige esforço e tempo. Então, eu fico pensando se não se torna normal uma pessoa pedir transferência, que seria uma salva-vidas”, afirmou a consultora de Carreira do Grupo Catho, Mayra Fragiacomo.
De acordo com ela, entrar em uma faculdade para depois tentar uma vaga de transferência é estratégia de alguns alunos.
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Quando é indicado pedir a transferência?
Antes de pedir transferência entre faculdades, tendo em vista o mesmo curso, é importante ponderar alguns fatores:
- Qual a sua situação financeira? “Ir para a faculdade pública é um problema a menos, já que os valores das faculdades particulares são altos para um universitário arcar”.
- Pública versus privada: você está preparado para se adaptar a uma cultura (modelo de aula, grade, professores) mais moderna ou tradicional? A universidade pública costuma ser mais tradicionalista.
- Qual o peso da faculdade para a qual você quer ir no mercado de trabalho? “O aluno, às vezes, está em uma faculdade que não é reconhecida e fica preocupado, porque ele está fazendo um investimento”.
- Onde você está: o curso que está fazendo está de acordo com o que esperava? Se está achando fraco, o melhor é mudar mesmo.
Quando mudar?
Questionada sobre em que momento da faculdade o aluno deve mesmo pedir a transferência, Mayra afirmou ser até o segundo ano do curso. “Até mesmo porque a transferência implicaria em aumento do tempo de estudo, porque as faculdades não têm a mesma grade”. Imagina ter as matérias do quarto ano para fazer e mais um monte de adaptações!
Além disso, depois do segundo ano, pode ser que o aluno comece a trabalhar e a carga horária das matérias extras coincida com a da empresa. “A não ser se a empresa encararia isso de forma positiva”, disse a consultora.
Continua depois da publicidade
Por isso, outro ponto a ponderar antes de pedir transferência, é o horário de estudo. “Algumas faculdades, principalmente as públicas, oferecem cursos vespertinos. Então o aluno entra em um dilema: o curso ou o trabalho!”, finalizou Mayra.